Auma Obama conta como usar o esporte para superar graves problemas na África
07.11.2009
| 762 visualizações
TERCEIROSETOR
-
Auma Obama na palestra
Willy Ertel / ESPN
-
Auma, Adriana e Ana Moser
Willy Ertel / ESPN
-
Ana Moser, do IEE
Willy Ertel / ESPN
-
Adriana Saldanha, diretora das Caravanas
Willy Ertel / ESPN
-
Rui Pavan, do UNICEF
Willy Ertel / ESPN
-
German Hartenstein, da ESPN
Willy Ertel / ESPN
-
Gegê Nagô, de Cachoeira (BA)
Willy Ertel / ESPN
-
Samba de Pareia, de Laranjeiras (SE)
Willy Ertel / ESPN
-
Quinteto Sanfônico (SE)
Willy Ertel / ESPN
-
Auditório do Fórum
Willy Ertel / ESPN
Irmã do presidente norte-americano fez a palestra de abertura do 2º Fórum Caravana do Esporte e Caravana da Música, em Aracaju
Aracaju (SE) - A queniana Auma Obama, irmã do presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, fez a palestra de abertura do 2º Fórum Nacional Caravana do Esporte e Caravana da Música, que começou na sexta-feira à noite e termina neste domingo, no Starfish Ilha de Santa Luzia Resort, em Aracaju (SE). Com o tema "Esporte para a Mudança Social, Auma mostrou a difícil situação dos cinco países da África (Quênia, Uganda, Ruanda, Burundi e Tanzânia) onde atua como coordenadora da REMS (Rede Esporte para Mudança Social) e é conselheira da CARE Internacional.
Nos cinco países em que atua, tem de lidar com guerras entre tribos, doenças gravíssimas como a AIDS, muito disseminada na região, preconceito forte contra a mulher, crianças sem escola e desassistidas socialmente e grupos de refugiados, principalmente da Somália e do Sudão, de formação mulçumana, no Quênia.
Com a ajuda financeira internacional, baseada em doações feitas em diversos escritórios da CARE espalhados pelo mundo, Auma segue um trabalho semelhante ao feito no Brasil pela Caravana do Esporte, que atua com seus professores em comunidades pobres e geralmente distantes dos grandes centros.
"Gostei muito do que vi sobre o trabalho realizado no Brasil e quero aprender mais. Fui convidada para voltar no ano que vem para ver a atuação da Caravana do Esporte e conhecer melhor sua metodologia de trabalho, voltada para a educação, disse Auma, formada em Letras e com PHD em Linguística na Alemanha, onde morou (fala inglês, alemão, swahili e luo, língua da tribo em que nasceu).
Simpática, Auma é filha de Barack Hussein Obama Sr com a sua primeira mulher. Ela conheceu o meio-irmão presidente norte-americano em 1982, um ano após a morte do pai dos dois. O primeiro encontro foi em Chicado e depois o presidente foi conhecer a sua família queniana em Kogelo.
A CARE é uma das principais organizações humanitárias na luta contra a pobreza global. A entidade dá destaque para o trabalho ao lado de mulheres pobres porque elas têm o poder de ajudar famílias e comunidades inteiras de sair da pobreza. A CARE esforça-se para melhorar a educação básica, impedir a propagação do HIV, aumentar o acesso à água potável e saneamento básico, ampliar as oportunidades econômicas e proteger os recursos naturais. Também fornece ajuda de emergência aos sobreviventes de guerras e catástrofes naturais, e ajuda as pessoas a reconstruir suas vidas.
A Rede Esporte para a Mudança Social é reconhecida pelo Programa da ONU pelo Desenvolvimento, assim como o Instituto Esporte e Educação, da ex-jogadora de vôlei Ana Moser, que faz a Caravana do Esporte, numa iniciativa da ESPN e em parceria com o UNICEF.
"O Brasil e os países da África vivem situações bem diferentes, mas as ações sociais são parecidas, tentando levar educação, autoestima e companheirismo, por meio de exercícios e jogos que tem base nos esportes, lembrou Ana Moser, diretora do IEE, que hoje atende mais de 9 mil crianças e jovens em 40 núcleos esportivos e sócio-educativos espalhados pela cidade de São Paulo, interior do Estado e Rio de Janeiro.
Abertura oficial - Antes da palestra de Auma Obama, para os 131 representantes dos 40 municípios visitados pela Caravana do Esporte e Caravana da Música, do Instituto Sol da Liberdade, da cantora Daniela Mercury, convidados e autoridades, houve a abertura oficial do 2º Fórum, com a presença Jorge Santana (representante do governo de Sergipe), de Ruy Pavan (UNICEF), German Hartenstein (ESPN), Ana Moser (IEE), Roberto Nascimento (secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MINC), Andrea Alfama (coordenadora da Lei de Incentivo Fiscal do Ministério do Esporte), José Roberto Andrade (Emsetur) e Adriana Saldanha (diretora das Caravanas).
Todos saudaram a realização do Fórum e a importante troca de experiências entre os participantes, vindos de comunidades muito diferentes e, assim mesmo, com desafios bem parecidos. "Estamos na contramão do sistema e é muito bom ver tantas pessoas na mesma situação, disse Ruy Pavan, coordenador dos escritórios da UNICEF na Bahia e Sergipe. "Estou feliz com isso. No dia em que encontrar uma criança com fome, desamparada, e não me comover, deixo imediatamente o meu cargo.
Para o diretor geral da ESPN no Brasil, German Hartenstein, a realização do 2º Fórum concretiza mais uma importante etapa da Caravana do Esporte e da Caravana da Música. "Em cinco anos de estrada, já são mais de 100 mil crianças e 11 mil professores atendidos em diversas regiões do Brasil. Acredito que esse final de semana será bastante produtivo e rico, graças a participação de todos vocês que terão muitas experiências para dividir, lembrou. "Em todas as iniciativas, o esporte é a força motivadora que nos ajuda a fazer a diferença e, assim como o esporte, acreditamos que a arte tem o poder transformador que o país precisa.
O evento teve apresentações de grupos regionais. Foi aberto pelo Quinteto Sanfônico, de Sergipe. Teve a exibição do Samba de Pareia de Laranjeiras, também de Sergipe, antes da palestra de Auma Obama. E o encerrameto foi feito pelo grupo Gegê Nagô, de Cachoeira, na Bahia.
Iniciativa da ESPN em parceria com o Instituto Esporte Educação, Instituto Sol da Liberdade e UNICEF, o 2º Fórum Nacional tem apoio da Fundação Telefônica, Unibanco, IBM, CCR, do governo federal por meio das leis de incentivo, da Petrobrás e do Governo de Sergipe.
Programação deste domingo
8h30 às 10h00 - Mesa: Construindo Redes. Mediadora: Alice Gismonti (Rede Esporte pela Mudança Social). Participantes: Julita Trindade (Rede Pintadas), Anna Penido (Plataforma dos Centros Urbanos UNICEF), Francisco Alemberg (Fundação Casa Grande) e Edgard Patrício (Catavento e Rede ANDI). Espaço para debate
10h15 às 13h00 - Grupos de Trabalho: "GT Núcleo Movimento
Retomar a reflexão sobre redes estaduais. Como criar e operacionalizar os Núcleos? Condução da dinâmica: Marcelo Arnold Nerling Doutor em Direito e Gestão em Políticas Públicas, coordenadores e professores da Caravana.
14h00 às 15h30 - Mesa: Autonomia Municipal: quais as possibilidades de financiamento do Núcleo Movimento? Mediador: João Leiva. Participantes: Andrea Alfama (Coordenadora Lei de Incentivo ao Esporte/Ministério do Esporte), Roberto Nascimento (Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura - MINC), João Alberto Lima (Coordenação de Ações Educacionais Complementares da SECAD/MEC)
15h45 às 16h45 - Espaço para debate
16h45 às 18h00 - Ruy Pavan, coordenador do escritório do UNICEF para os estados da Bahia e Sergipe, faz amarração dos dias e mobilização para criação dos Núcleos.
18h00 - Final do Evento - Discurso Motivacional de Daniela Mercury
18h30- Encerramento com Quadrilha junina Asa Branca, de Aracaju.
João Pedro Nunes Mtb 11.675
E-mail: Nunes@zdl.com.br