ALAN ADLER SE DIVIDE ENTRE OS NEGÓCIOS E O ESPORTE
21.03.2006
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VELA
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Alan Adler na Espanha
Luiz Doroneto/adorofoto
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Adler no Brasil 1
Luiz Doroneto/adorofoto
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Tripulação veleja
Luiz Doroneto/adorofoto
Diretor do Brasil 1 é também tripulante nas regatas locais, como a de sábado, no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) Os dias de Alan Adler costumam durar algumas horas a mais do que a de um trabalhador comum. O diretor do Brasil 1 tem, ultimamente, se dividido entre a vida de velejador e a de empresário. Muitas vezes, porém, deixando de lado o que mais gosta, velejar, para garantir que tudo corra bem com o primeiro barco brasileiro a dar a volta ao mundo na Volvo Ocean Race.
Alan é um dos diretores do projeto e uma das figuras centrais do Brasil 1. Além de coordenar a equipe, ele é também um dos tripulantes do barco e participa de todas as regatas locais. Neste sábado, por exemplo, ele será o 11º. integrante do grupo, reforçando o Brasil 1 na prova disputada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Hoje, meu trabalho no Brasil 1 é 70% administrativo. Os 30% restantes são reservados para o velejador. Estar na água é o que me dá mais prazer, mas não dá para negar que ver o barco velejando e competindo também é muito gratificante, explica o campeão mundial de Star em 1989 e de J24 em 2006.
Além do Brasil 1, ele ainda tem outros negócios para cuidar. Ele é membro do conselho administrativo da empresa da família, no Rio. Para falar mais uma vez em porcentagens, o Brasil 1 toma hoje 80% do meu tempo, com 20% de dedicação à minha empresa, que também não pode ser deixada de lado, completa empresário-velejador de 40 anos.
Mesmo com a agenda lotada, Alan ainda consegue tempo para velejar fora do Brasil 1. Durante a quarta etapa da Volvo Ocean Race, enquanto Torben e tripulação enfrentavam os ventos fortes dos mares gelados do sul do planeta, ele foi vice-campeão sul-americano da classe Star, no Rio de Janeiro, ao lado do proeiro Roni Seifert. Antes, em janeiro, ele conquistou o título mundial da classe J24 ao lado de Maurício Santa Cruz, Alexandre Saldanha e Daniel Santiago, em Melbourne, na Austrália. Nesta mesma classe, em 2003, Adler comemorou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
A vela está no sangue, brinca Alan Adler, integrante de uma família de velejadores. O seu pai, Harry, foi o 11º colocado na classe Star dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. Já o irmão Daniel, ao lado de Torben Grael, comandante do Brasil 1, e de Ronaldo Senft, foi medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles, em 1984.
Velejadas - Depois de ser retirado da água para novos reparos, o Brasil 1 voltou para a Baía de Guanabara nesta terça-feira. Com a tripulação completa, o veleiro retomou os treinamentos para a in-port race de sábado.
A classificação depois da quarta etapa da Volvo é a seguinte: 1. ABN Amro One (HOL) 49 pontos; 2. ABN Amro Two (HOL) 35; 3. Piratas do Caribe (EUA) 30,5; 4. movistar (ESP), 28; 5. Brasil 1 26,5; 6. Ericsson (SUE) 21; 7. Brunel (AUS) 11,5.
O Brasil 1 é patrocinado por VIVO, Motorola, QUALCOMM, HSBC, Embraer, ThyssenKrupp, NIVEA Sun, Ágora Senior Corretora de Valores e Governo Brasileiro através da Apex (Agência de Promoção das Exportações do Brasil), Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Ministério do Turismo e Ministério dos Esportes e apoio especial da Varig.