São Paulo (SP) - O Brasil será representado por duas ginastas apoiadas pelo Movimento LiveWright na tradicional competição juvenil Mikhail Voronin Cup, que ocorre nesta semana em Moscou, na Rússia. A equipe será formada por Mariana Oliveira e Ana Flávia do Espírito Santo Silva, além da treinadora Iryna Ilyashenko. O evento é um dos mais fortes da modalidade e as meninas serão testadas entre as melhores ginastas do país europeu, um dos maiores vencedores em Olimpíadas na modalidade. As brasileiras já estão na capital russa e farão treinamentos no Dynamo Club of Gymnastics até o dia da estreia. Na sexta-feira (14) serão as finais por equipes e individual geral. No dia seguinte, no sábado (15), estão marcadas as provas finais por aparelho.
As atletas comemoraram a participação em uma competição deste nível, principalmente pela bagagem que será adquirida para os próximos anos. A supervisora técnica do CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), Eliane Martins, reforça a importância de levar as mais novas para competições no exterior. "As ginastas precisam deste tipo de experiência, competindo com atletas de um nível técnico alto para saber em que patamar se encontram. Além disso, a comparação será com a forte escola russa." Segundo a dirigente, o Brasil tem chance de pódio em Moscou com Mariana de Oliveira, na prova do salto, e Ana Flávia do Espírito Santo Silva, no solo.
Com apenas 14 anos, Mariana de Oliveira sonha em disputar uma Olimpíada. A atleta de Guarulhos (SP) abraçou a oportunidade na Rússia como uma experiência de ouro. "Quero ganhar mais bagagem em campeonatos internacionais e ver em que nível estou", disse Mariana, que têm os melhores resultados no salto sobre o cavalo. "Na ginástica não dá para escolher prova, temos que fazer todos os aparelhos. O salto é o que tenho mais facilidade. Preciso melhorar a paralela."
Ana Flávia do Espírito Santo Silva faz parte de uma geração promissora de ginastas de Curitiba (PR). Com 13 anos, a paranaense já tem alguns eventos internacionais no currículo, como Stela Zakharova 2012 (Kiev, Ucrânia). Em Moscou, será mais uma chance de mostrar seu talento. "Meu objetivo para a carreira é ganhar medalhas em Olimpíadas. Não sei ao certo quando estarei no auge técnico e físico. Talvez quando chegar aos 17 anos, em 2016", antecipou.
A equipe de ginástica do CEGIN faz parte de um projeto do LiveWright, que recebe recursos via Lei de Incentivo ao Esporte e é patrocinada por Cielo, Volvo e Raízen, com apoios de Klabin, Credit Suisse, MRS e Federação Paranaense de Ginástica.
A força da Ginástica - As ginastas da nova geração são acompanhadas de perto na capital do Paraná por especialistas de alto nível na modalidade e contam com equipamentos de primeiro mundo. No CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba, as atletas são supervisionadas pelo ucraniano Oleg Ostapenko, que revelou Daiane dos Santos e colocou a modalidade em um outro patamar no cenário mundial. A ex-ginasta bielorrussa Nellie Kim é a conselheira internacional do projeto de ginástica artística feminina do Movimento LiveWright, em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica. Com seis medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro, a campeã faz avaliações semestrais do trabalho na capital paranaense.
As integrantes do CEGIN têm bolsa auxílio, plano de saúde, auxílio moradia, alimentação, além de poderem contar com médicos, fisioterapeuta, nutricionista, massagista e psicólogo; aulas de educação formal com professores contratados e bolsa para as atletas com idade para cursar faculdade.
Novos talentos - O projeto, que coloca o Paraná como referência na modalidade na América Latina, é formado também por oito Escolas de Talento, distribuídos pelo interior do Estado. O objetivo é selecionar atletas para o CEGIN, onde os treinos visam revelar valores para os Jogos de 2020. As futuras campeãs serão acompanhadas pela equipe multidisciplinar liderada por Vicélia Florenzano, ex-presidente da Confederação Brasileira de Ginástica. A ideia é atender mais de mil crianças de cinco e oito anos de idade.
Em 2011, o LiveWright trouxe de volta ao Brasil o treinador ucraniano Oleg Ostapenko e sua mulher Nadia Ostapenko, que treinou a equipe brasileira entre 2002 e 2008. O especialista montou uma equipe técnica altamente qualificada, preparando as ginastas com potencial para integrar a Seleção Brasileira nas categorias pré-Infantil, infantil, juvenil e adulta.
Sobre o LiveWright - Fundado por um grupo de empresários em 2011 com o objetivo desenvolver o esporte olímpico brasileiro, o LiveWright é um movimento sem fins lucrativos, que deseja preparar campeões a partir dos Jogos de 2016 e deixar para o esporte brasileiro um legado de profissionalismo e gestão competente.
O LiveWright se inspirou no sonho do empresário Roger Wright, que acreditava que se as crianças tivessem heróis nos quais pudessem se inspirar, teriam chances de uma vida melhor, em um país mais justo. Wright era velejador e foi um dos grandes incentivadores do projeto de trazer uma Olimpíada para o Brasil. Em 2008, reuniu um grupo de empresários para ajudar a candidatura Rio 2016. Ao mesmo tempo, passou a sonhar com a formação de atletas para esta oportunidade. Seu plano era, ao mesmo tempo, simples e ambicioso: investir em modalidades criteriosamente selecionadas, a fim de aumentar consideravelmente nossas chances de medalhas, transformando o Brasil em uma potência olímpica.
Por isso, o LiveWright acredita que promover heróis no Brasil é uma maneira de trazer esperança e novas alternativas para o futuro. O movimento é uma Oscip, inteiramente financiado por corporações e pessoas físicas. O seu modelo de trabalho está baseado em fornecer capital e know-how gerencial para os esportes selecionados por uma comissão formada por atletas, ex-atletas e empresários, e oferecer ao patrocinador a garantia de que os recursos investidos estão sendo bem alocados dentro dos valores da iniciativa privada de desempenho, meritocracia e ética.
O LiveWright reúne alguns dos principais empresários do Brasil, além de esportistas e personalidades de grande relevância. Os atuais parceiros do LiveWright são Vale, Camargo Correa, CBMM, Cielo, Volvo, Raízen, Caloi, Shimano, MRS, Klabin, Credit-Suisse. Os atuais projetos contam com recursos incentivados do Ministério do Esporte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.
Mais informações no site do LiveWright
Flávio Perez - Mtb.: 45562
E-mail: flavio@zdl.com.br
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