Beto Pandiani e Igor Bely chegam à Nova Caledônia
11.11.2008
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VELA
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Nova Caledônia
Maristela Colucci/ZDL
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Chegada no arquipélago
Maristela Colucci/ZDL
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Igor e Beto
Maristela Colucci/ZDL
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Entrevista para imprensa
Maristela Colucci/ZDL
Velejadores ficarão uma semana no arquipélago, antes de embarcarem para o último trecho da Travessia do Pacífico
São Paulo Beto Pandiani e Igor Bely chegaram nesta terça-feira à Nova Caledônia, última escala da Travessia do Pacífico. Os velejadores permanecerão no arquipélago por uma semana antes de embarcarem rumo à Bundaberg, na costa australiana, onde completarão a aventura que pretende conectar o Chile à Austrália a bordo do Bye Bye Brasil, um catamarã sem cabine, num total de 17 mil quilômetros. A dupla planeja desembarcar na Austrália por volta do dia 20 deste mês.
Depois de uma pausa de três meses para consertar um problema no barco e aguardar melhores condições meteorológicas, a dupla voltou ao mar na última sexta-feira. Beto e Igor encontraram condições favoráveis nos dois primeiros dias de viagem, mas tiveram dificuldades com o vento próximos da chegada na Nova Caledônia.
O vento, muito caprichoso, acabou quando estávamos próximos do arquipélago. Por sorte a maré nos puxou para dentro e, por uma água turquesa muito transparente, começamos a navegar dentro da gigantesca piscina que circunda a Nova Caledônia. Depois da calmaria da passagem pela entrada do anel de coral ficamos esperando o vento por mais de cinco horas para, enfim, chegarmos em terra, contou Pandiani.
Outra adversidade superada foi o forte calor da região do Pacífico Sul nesta época do ano. Pandiani acredita que os equipamentos levados pela dupla foram essenciais para amenizar os efeitos do sol. Nossas roupas, feitas pela Santaconstancia com proteção anti-UV, fizeram a diferença. Mas não abrimos mão do protetor solar da Coppertone, comentou o velejador.
Todas as dificuldades enfrentadas pelos exploradores foram compensadas com as belezas naturais da Nova Caledônia. Na região próxima à entrada no arquipélago, eles foram acompanhados por golfinhos, tartarugas, um peixe-espada e uma cobra de água salgada.
Velejei pensando que estas podem ser as últimas milhas da viagem e, por isso, estou vivendo cada momento intensamente. As noites estão lindas, com muitas estrelas cadentes e uma meia lua clara que nos faz companhia até uma hora da madrugada. Depois, tudo fica muito escuro e o céu repleto de pontos luminosos, disse Pandiani.
Um desafio do tamanho do Oceano Pacífico
A Travessia do Pacífico foi iniciada em outubro do ano passado e teve a primeira etapa entre Viña Del Mar, no Chile, e Mangareva, na Polinésia Francesa, com uma única parada na Ilha de Páscoa, depois de 7 mil quilômetros velejados em 31 dias.
A expedição foi interrompida por três meses, esperando o término da temporada de furacões na região. Aproveitando a pausa, a dupla de velejadores lançou no final de março o primeiro DVD da expedição e retornou para a Polinésia em abril, recomeçando a aventura com destino a Austrália.
Depois de passar por Fakarava, Taiti, Morea, Ilhas Cook e Tonga, Beto e Igor seguiram para a Nova Caledônia, última escala da Travessia antes da chegada à Austrália. Na metade do caminho, porém, enfrentaram ventos fortes e tiveram problemas com o catamarã. Pararam em Vanuatu, a cerca de mil milhas da Austrália, para arrumar o barco e esperar a melhora das condições do tempo. Após uma pausa de três meses, embarcaram para a etapa final da aventura e devem concluir a viagem por volta do dia 20 de novembro.
A Travessia do Pacífico tem o patrocínio máster de Semp Toshiba, com patrocínio de Mitsubishi Motors, Fnac, Yahoo! Brasil, Ferrari Stamoid, Red Bull e Mantecorp. Os apoios são da Rede Accor Hospitality, Santaconstancia, North Sails, BL3, Reebok Sports Club, Yacht Club de Ilhabela, Osklen, Sigg, Barracuda, Holos e Arycom.
Para acompanhar todos os momentos da viagem, acesse o site oficial da Travessia do Pacífico: www.yahoo.com.br/travessia
Os velejadores
Beto Pandiani - brasileiro, 51 anos
Há 13 anos realiza expedições de alta performance pelos mais temidos mares do mundo. Foi o primeiro velejador a unir a Antártica ao Ártico a bordo de catamarãs em cabine.
Igor Bely - francês, 24 anos
Viveu 18 anos a bordo do veleiro dos pais. Com mais de 200 mil milhas (quase 400 mil km) navegadas, já fez mais de 20 expedições à Antártica e regiões polares.
João Pedro Nunes Mtb 11.675
E-mail: zdl@zdl.com.br