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Beto Pandiani e Igor Bely preparam partida para Morea

10.06.2008  |    92 visualizações VELA

Dupla pretende deixar o Taiti no final de semana, na seqüência da Travessia do Pacífico

São Paulo (SP) – Beto Pandiani e Igor Bely estão prontos para mais uma etapa da Travessia do Pacífico, viagem que pretende conectar o Chile à Austrália, atravessando todo o Oceano Pacífico Sul a bordo do Bye Bye Brasil, um catamarã sem cabine. No final de semana, os velejadores deixam Papeete, no Taiti, com destino a Morea.

Devido a questões burocráticas com os vistos de entrada para as próximas escalas, a dupla foi obrigada a fazer uma pausa de 15 dias na aventura. Para compensar o tempo perdido, os velejadores refizeram o cronograma da viagem e diminuíram o número de paradas nesta etapa da travessia.

”Vamos pular algumas ilhas que estavam na programação anterior para recuperar o tempo perdido. Não vamos mais parar em Tonga e Fiji, indo direto de Morea para Nova Caledônia. Será a maior perna da viagem, onde atravessaremos 2.500 milhas em cerca de 20 dias”, comentou Pandiani. O término da aventura deve ocorrer por volta do dia 15 de julho, em Bundaberg, na costa da Austrália.

A dupla viajou até agora aproximadamente 6 mil milhas entre Viña del Mar, no Chile, e Papeete. Ela fez escalas na Ilha de Páscoa, Mangareva e Fakarava, na Polinésia Francesa, onde conheceu as belezas naturais da região e teve contato com a cultura e a população local.

”Chegar e ser bem recebido é uma constante em todas as minhas viagens. O barco é como um embaixador. Sozinho, já faz o papel de abrir as portas. Foi assim no Chile, quando saímos de Viña del Mar, na Ilha de Páscoa, em Mangareva, em Fakarava e no Taiti”, disse Pandiani.

Beto e Igor superaram muitas dificuldades até a chegada ao Taiti. Eles conviveram com quebras de alguns componentes do barco, enfrentaram tempestades em alto mar e sofreram com as mudanças de temperatura.

“A dificuldade de viajar em um catamarã sem cabine é estar exposto ao sol, chuva, água salgada, frio, noites mal dormidas e vento no corpo em tempo integral. Depois de alguns dias, começa a haver um desgaste muito grande”, contou Beto.

Para superar tamanho desafio, os velejadores contam com uma equipe de apoio em terra, composta por Eduardo Teiman e Mauricio Pimentel (cinegrafistas), Pierre Larsnier (meteorologista/França) e Maristela Colucci (fotógrafa).

”A equipe é fundamental, pois ela vai à frente e prepara a nossa chegada, nos dando as informações necessárias para chegarmos de forma segura. Ela tem feito um apoio excelente e, quando dá, nos espera com alguma festa organizada pela comunidade local”, comentou Pandiani.

A Travessia do Pacífico tem o patrocínio máster de Semp Toshiba, com patrocínio de Mitsubishi Motors, Fnac, Yahoo! Brasil, Ferrari Stamoid, Red Bull e Mantecorp. Os apoios são da Rede Accor Hospitality, Santaconstancia, North Sails, BL3, Reebok Sports Club, Yacht Club de Ilhabela, Osklen, Sigg, Barracuda, Holos e Arycom.

Para acompanhar todos os momentos da viagem, acesse o site oficial da Travessia do Pacífico: www.yahoo.com.br/travessia

Os velejadores

Beto Pandiani - brasileiro, 50 anos

Há 13 anos realiza expedições de alta performance pelos mais temidos mares do mundo. Foi o primeiro velejador a unir a Antártica ao Ártico a bordo de catamarãs sem cabine.

Igor Bely - francês, 24 anos
Viveu seus primeiros 18 anos a bordo do veleiro de seus pais. Com mais de 200 mil milhas (quase 400 mil km) navegadas, tem em sua trajetória mais de 20 expedições à Antártica e a regiões polares.

João Pedro Nunes – Mtb 11.675
E-mail: zdl@zdl.com.br
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