Beto Pandiani e Igor Bely partem para a segunda etapa da Travessia do Pacífico
29.04.2008
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VELA
Velejadores deixaram Mangareva, na Polinésia Francesa, para continuar a viagem entre o Chile e a Austrália em um catamarã sem cabine
São Paulo Beto Pandiani e Igor Bely voltaram ao mar nesta terça-feira para a segunda etapa da Travessia do Pacífico, viagem que pretende conectar o Chile à Austrália, velejando por todo o Oceano Pacífico Sul a bordo do Bye Bye Brasil, um catamarã sem cabine. Os velejadores partiram de Mangareva, na Polinésia Francesa, e devem viajar por cinco dias até o atol de Fakarava.
Nesta etapa da aventura, a dupla velejará por cinco mil milhas (cerca de 9 mil quilômetros) até a cidade de Bundaberg, na Austrália, passando por Taiti, Bora Bora, Ilhas Cook, Tonga, Fiji e Nova Caledônia. A chegada na costa australiana deve ocorrer por volta do dia 15 de julho.
A primeira parte do percurso teve duração de 31 dias. Beto Pandiani e Igor Bely percorreram cerca de 7 mil quilômetros entre Viña del Mar, no Chile, e Mangareva, na Polinésia Francesa, com uma única parada na Ilha de Páscoa. Após enfrentarem uma tempestade em alto mar, os velejadores tiveram problemas com o barco e foram obrigados a interromper a viagem para a troca de algumas peças.
A chegada foi um pouco dramática, pois nas últimas 170 milhas velejamos com o travessão frontal partido, e o risco de perdermos o nosso barco foi grande. Felizmente tudo deu certo, o Bye Bye Brasil foi desmontado e a travessa foi enviada Papete, onde foi consertada. Por causa deste imprevisto encurtamos a primeira etapa e voltamos ao Brasil, contou Pandiani.
A dupla retornou no dia 16 de abril a Mangareva, onde trabalhou na remontagem do barco com o apoio local. Contamos com a ajuda do exército, que nos auxiliou com o trabalho pesado. Para subir o mastro normalmente usamos uma grua para içá-lo, mas a grua local quebrou há um mês. Então improvisamos montando um sistema de polias aqui na praia onde montamos o barco, lembrou Betão.
Após 13 dias de trabalho pesado e muitas privações, Beto Pandiani e Igor Bely retornaram ao mar, rumo às belas paisagens dos paraísos do Oceano Pacífico Sul, mas cientes das dificuldades que encontrarão pelo caminho. Antes de partir, me peguei pensando em como aquela jangada nos trouxe até aqui e que vamos até a Austrália com ela. Não estou me sentindo inseguro, mas viajar em um barco sem cabine por distâncias tão grandes é algo que nem nós realizamos direito. Este sentimento esteve presente em todas as minhas viagens, comentou Pandiani.
Os velejadores
Beto Pandiani - brasileiro, 50 anos
Há 13 anos realiza expedições de alta performance pelos mais temidos mares do mundo. Foi o primeiro velejador a unir a Antártica ao Ártico a bordo de catamarãs sem cabine.
Igor Bely - francês, 24 anos
Viveu seus primeiros 18 anos a bordo do veleiro de seus pais. Com mais de 200 mil milhas (quase 400 mil km) navegadas, tem em sua trajetória mais de 20 expedições à Antártica e a regiões polares.
A Travessia do Pacífico tem o patrocínio máster de Semp Toshiba, com patrocínio de Mitsubishi Motors, Fnac, Yahoo! Brasil, Ferrari Stamoid, Red Bull e Mantecorp. Os apoios são da Rede Accor Hospitality, Santaconstancia, North Sails, BL3, Reebok Sports Club, Yacht Club de Ilhabela, Osklen, Sigg, Barracuda, Holos e Arycom.
Atenção: fotos para download na galeria http://www.zdl.com.br/galeria_aberta.asp?Canal=3048 e blog da Travessia no endereço http://www.yahoo.com.br/travessia
João Pedro Nunes Mtn 11.675
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