Brasil e Quênia duelam na maior São Silvestre da história
30.12.2007
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ATLETISMO
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Robert vence em 2004
Luiz Doro Neto/adorofoto
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Lucélia Peres
Sérgio Shibuya/ZDL
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Prova de 2006
Sérgio Shibuya/ZDL
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Franck Caldeira
Sérgio Shibuya/ZDL
Juntos, os dois países acumulam 29 vitórias da mais tradicional prova do atletismo na América Latina
São Paulo (SP) - Brasil e Quênia, os dois maiores vencedores da Corrida Internacional de São Silvestre, farão um duelo à parte na 83ª edição da prova, que tem largada a partir das 15h15 desta segunda-feira, na avenida Paulista. Desde a internacionalização da prova, em 1945 na prova masculina e 1976 na feminina, o Brasil acumula 15 vitórias nas duas provas, contra 14 do país africano. Essa briga pela hegemonia da mais tradicional competição da América Latina, que em 2007 será a maior da história, com 20 mil corredores, será transmitida ao vivo pelas redes Globo e Gazeta.
Além do recorde de participantes, a prova desta segunda-feira, disputada num percurso de 15 quilômetros por ruas e avenidas de São Paulo, tem outra novidade: a mudança dos horários de largada. A prova começa às 15h15, com os cadeirantes e a categoria especial. A elite feminina larga às 16h30, 15 minutos antes da elite masculina e demais categorias.
Na prova masculina, com a participação de atletas estrangeiros, o Brasil é o maior vencedor da história, com dez conquistas: Sebastião Monteiro em 1945 e 1946, José João da Silva em 1980 e 1985, João da Mata em 1983, Ronaldo da Costa em 1994, Emerson Iser Bem em 1997, Marilson Gomes dos Santos em 2003 e 2005 e Franck Caldeira em 2006. O Quênia tem apenas uma vitória a menos, contando cinco títulos de Paul Tergat e dois de Robert Cheruiyot, favorito desta edição. Colômbia e Bélgica têm seis vitórias cada e em seguida aparecem Equador, México e Portugal, cada um com quatro vitórias.
Na prova deste ano, o Brasil tem vários destaques em condições de brigar pelo título. O mineiro Franck Caldeira, atual campeão da prova e medalha de ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, vive o melhor momento da carreira e sonha com o bicampeonato. O pelotão de elite contará também com Gladson da Silva Barbosa, campeão da 10K Rio, no último domingo, Luís Paulo da Silva Antunes, vencedor da tradicional Prova Sargento Gonzaguinha, e Paulo Roberto de Almeida Paula, vice-campeão da Volta da Pampulha e da Gonzaguinha.
Estão confirmados na prova também os corredores de rua mais bem colocados no ranking CAIXA/Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O grupo é liderado pelo mineiro João Ferreira de Lima, o João da Bota, seguido pelo baiano Gilmar Pereira da Silva, vice-campeão da 10K Rio. Estão no ranking também Francisco Barbosa dos Santos, José do Nascimento Souza e José Gutembergue Ferreira. Outros inscritos no pelotão de elite são Paulo Alves dos Santos, terceiro na São Silvestre de 2006, José Telles de Souza, Willian Salgado Gomes e Raimundo Nonato Aguiar. Já Clodoaldo Gomes da Silva, segundo colocado da São Silvestre no ano passado, contundiu-se nesta semana e está fora da prova.
Entre os estrangeiros, o Quênia tem um grupo muito forte neste ano. No masculino, Robert Cheruiyot, bicampeão da São Silvestre, tricampeão da Maratona de Boston e campeão da Maratona de Chicago será uma das estrelas da competição. Estão no grupo também Patrick Ivuti, Amos Maindin, Daniel Gatheru, James Rotich, Kimutai Kiplimo, Kipromo Mutai e Mutai Kipkemei, no masculino.
A América do Sul tem vários representantes na prova, com destaque para os colombianos Javier Guarin, estrangeiro mais bem colocado na edição do ano passado, em quarto lugar, Willian Naranjo e Jacinto Lopez. Paraguai, Peru e Venezuela também terão representantes. Jorge Cabrera e Rosa Elizabeth Ramos Molinas vão representar o Paraguai; Jerson Rivas e Marvin Blanco correrão pela Venezuela; e Gustavo Pereira Altez, Jaime Caldua, Juan Diego Contreras, Ricardo Castilho e Wilma Arizapana disputarão pelo Peru.
Empate no feminino: Se o Brasil é o maior vencedor da São Silvestre na prova masculina, o mesmo não acontece na disputa feminina. Portugal, que não tem nenhuma atleta de elite na prova deste ano, é o mais vitorioso país da história da São Silvestre, com sete conquistas. Rosa Mota venceu seis vezes consecutivas, de 1981 a 1986, e Aurora Cunha foi primeira em 1988. Brasil e Quênia estão em segundo, com cinco vitórias, e o México acumula quatro. As brasileiras que chegaram ao lugar mais alto do pódio foram Carmem de Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Resende (2002) e Lucélia Peres no ano passado.
Para 2007, Lucélia, Marizete e Maria Zeferina Baldaia estão na briga pelo bicampeonato. Também são candidatas ao pódio Marily dos Santos, campeã do Ranking da CAIXA / Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Conceição de Maria Carvalho, Edielza Alves dos Santos, Ilaine Wandscheer, Luzia de Souza Pinto, Maria Sandra Pereira e Sueli Aparecida Oliveira.
Entre as estrangeiras, destaque para as quenianas Alice Timbilili, Chemtai Rionotukei, Eunice Jeptoo e Pauline Chepchumba, além da colombiana Bertha Sanchez, que no ano passado foi terceira, atrás somente da mineira Lucélia Peres e da paraibana Ednalva Laureano.
Deficientes A São Silvestre terá a participação recorde também de deficientes. A organização recebeu a inscrição de 131 atletas com deficiência, o maior número numa competição aberta de 15 quilômetros no Brasil. Todos os atletas com deficiência receberão assistência da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), graças a uma parceria firmada com a Yescom, organizadora das principais corridas de rua do país. O acordo cria procedimentos e serviços especiais para facilitar a participação desses atletas e ao mesmo tempo fiscalizar, controlar e certificar os critérios e graus de deficiência dos participantes. A ADD passou a receber solicitações e a efetivar a inscrição, gratuita, dos atletas com deficiência.
Bônus - Além da premiação atraente de mais de R$ 100 mil, a organização da prova dará ainda alguns bônus especiais. Os brasileiros mais bem colocados na categoria masculina e feminina, por exemplo, ganharão uma moto Yahama Neo cada. A premiação extra é um incentivo a mais para os atletas brasileiros na tradicional competição paulistana.
Haverá bônus também em caso de quebra de recorde da prova. Os primeiros atletas que completarem os 15 quilômetros independentemente da nacionalidade em menos de 43min12s no masculino e em menos de 50min26s no feminino receberão mais R$ 10 mil como prêmio. Os recordes da São Silvestre pertencem aos quenianos Paul Tergat, desde 1995, e Hellen Kimayo, desde 1993.
A São Silvestre é uma realização da Fundação Cásper Líbero e promoção da Gazeta Esportiva Net e Rede Globo. A prova tem patrocínio de Wizard, Goodyear, CAIXA e Oi, com apoio especial da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado de São Paulo. A organização é da Yescom e Events, com supervisão é da CBAt, FPA, IAAF e AIMS. A assessoria de imprensa é da ZDL.
ATENÇÃO - Ainda neste domingo segue release com a entrevista coletiva dos atletas do pelotão de elite da Corrida de São Silvestre.
Na segunda-feira serão dois textos, o primeiro por volta das 17h45 com o resultado das provas masculina e feminina e outro, às 18h45, com as entrevistas dos vencedores e fotos dos primeiros colocados.
Mais informações no site www.saosilvestre.com.br
João Pedro Nunes (Mtb 11.675) / Guto Francischini (Mtb: 45.553)
E-mail: zdl@zdl.com.br