São Paulo - Erros de arbitragem são comuns no esporte e a atual Copa do Mundo de futebol é um exemplo. A bola chutada pelo inglês Lampard entrou no gol da Alemanha em partida válida pelas oitavas-de-final e o árbitro deixou o jogo seguir sem assinalar o gol. O argentino Tevez estava impedido no gol marcado contra o México, também nas oitavas-de-final. Desta vez, o trio de arbitragem confirmou o gol do argentino.
Esportes como o rugby, futebol americano, basquete, tênis já aderiram à tecnologia para esclarecer lances polêmicos. No rugby, o árbitro do vídeo é responsável por analisar as jogadas próximas à área de in-goal, ou que resultem em pontos, caso o árbitro principal tenha dúvidas.
"Mesmo com a disponibilidade dos recursos, o árbitro precisa estar atento. A responsabilidade é igual. O recurso serve apenas para tirar uma possível dúvida", afirmou Xavier Torres Vouga, diretor de arbitragem da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).
No rugby, a utilização das imagens só acontece em campeonatos maiores, como a Copa do Mundo, ou as grandes ligas nacionais. No Brasil, essa tecnologia ainda não está disponível. "O Brasil vai chegar a um nível bom, para ter esse recurso por aqui. É uma questão de evolução e acredito que um dia chegaremos lá", falou Xavier.
Um dos argumentos para não utilizar os recursos eletrônicos no esporte é uma possível paralisação no ritmo do jogo para análise do vídeo. O diretor esportivo da CBRu, Antônio Martoni Neto, discorda. "Os recursos eletrônicos não tiram o ritmo do jogo. Não tem como brigar com a imagem".
"Não podemos crucificar a arbitragem, e o objetivo do vídeo é fazer a justiça. No calor do jogo é difícil analisar uma jogada mais duvidosa. Com o replay, mesmo que seja duvidoso, o árbitro pode analisar melhor a situação", continuou Martoni.
Conheça o rugby
O rugby é o segundo esporte mais praticado no mundo, com 3 milhões de adeptos em 120 países. A Copa do Mundo, disputada a cada quatro anos, é o terceiro evento de maior audiência do planeta (4 bilhões de espectadores), atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de Futebol.
No Brasil, o rugby vem crescendo nos últimos anos. Tem, atualmente, 30 mil praticantes, divididos em 230 clubes em 22 estados, além de 120 mil simpatizantes do esporte. A seleção feminina é hexacampeã sul-americana e 10ª no último mundial. O time masculino é a quarta força na América do Sul e está em 28º no ranking mundial (entre 95 seleções).
O Brasileiro de Rugby (Super 8) é disputado na modalidade mais tradicional, com15 jogadores em cada equipe. A modalidade seven-a-side (sete atletas para cada equipe) foi escolhida para ser olímpica a partir dos Jogos Rio-2016, o que deve popularizar ainda mais o esporte.
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