São Paulo (SP) - O número de corridas de rua no Estado de São Paulo aumentou 10,60% de 2008 para 2009, segundo dados da Federação Paulista de Atletismo (FPA). Foram 240 provas contra 218 do ano anterior.

De acordo com o relatório da instituição, a participação nas corridas também teve acréscimo: 401.465 competidores contra os 372.352 registrados em 2008, o que resultou num incremento de 7,82%.

Para o presidente da FPA, José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, os números mostram a força da modalidade em São Paulo. "É o carro-chefe do atletismo, pois promove a união de jovens e idosos, mulheres e homens, atletas profissionais e simpatizantes. Todos em prol do esporte e da saúde", afirmou o presidente. "A corrida está consolidada como instrumento de qualidade de vida e vem mantendo um crescimento saudável nos últimos anos", acrescentou.

Segundo Toninho, o resultado é fruto de uma política que visa o aumento de provas oficiais, supervisionadas pela instituição. Em 2001, apenas 11 competições foram realizadas nesses moldes. "Com aval e apoio dos profissionais da FPA, as corridas ficaram mais profissionais, pois os organizadores são obrigados a cumprir regras básicas para garantir o conforto e segurança dos participantes", explicou Toninho.

O grande crescimento das corridas no estado ocorreu em 2004, quando aconteceram 107 provas contra 34 no ano anterior, um acréscimo de 214%. No ano seguinte este número saltou para 168 corridas, aumento de 57%. A partir de 2006, o acréscimo anual estabilizou-se em torno de 10% - 2006 teve 182, 2007 com 195 e 2008 com 217 - até chegar ao número de 240 provas em 2009.

Os números mostram que o trabalho de regularização vem surtindo efeito. Cerca de 80% das corridas de rua paulistas tiveram o aval e o apoio da FPA. Em 2008, eram aproximadamente 75%. "O objetivo é registrar todas as competições. Estamos trabalhando para isso", afirmou Toninho.

O mês de agosto continua sendo o período de maior realização de eventos. Foram 32 provas, contra apenas quatro no mês de janeiro, período com menos corridas.

Para o técnico Wanderlei de Oliveira, que atua há mais de 30 anos, esse desequilíbrio é natural. "No meio do ano estamos no inverno, um tempo melhor para as corridas. É quando, geralmente, nos concentramos para alcançar o ápice físico da temporada. Começa, então, a preparação para as principais corridas do final do ano, como a São Silvestre", destacou.

Rafael Jubelini, assessoria da Federação Paulista de Atletismo
E-mail: rafael@zdl.com.br - Tel.: (11) 9957.6968