Osasco (SP) - Marcela Coelho da Silva Felinto, a Marcelinha, é a líbero recém-contratada que promete trazer muitas vitórias à equipe adulta de vôlei do Finasa na temporada 2007/2008. Esportista por excelência, Marcelinha já praticou diversas modalidades entre elas basquete e futebol, mas foi com o vôlei que a atleta, de 22 anos e 1,71m, realmente mostrou seu talento. E, em pouco tempo, ajudou o Rexona-Ades a conquistar o bicampeonato da Superliga.

Ao lado das novas companheiras, a atleta se adapta ao Finasa e projeta muitas conquistas pelo clube. Ágil e determinada, tanto nos treinamentos quanto nos confrontos, Marcelinha será peça fundamental no sistema defensivo do time. Para isso, ela poderá contar com o apoio de atletas mais experientes, além da orientação do técnico Luizomar de Moura.

Nascida em 8 de julho em Natal, no Rio Grande do Norte, a jogadora foi criada a partir dos 7 anos no Rio de Janeiro. Começou a praticar vôlei ainda nas escolinhas do Tijuca Tênis Clube. Ao integrar a categoria pré-mirim, Marcelinha entrou para o time de base do Fluminense, permanecendo no clube até ser contratada pelo Rexona em 2003.

Acompanhe entrevista dada pela atleta, em que fala sobre a adaptação ao novo time, responsabilidades, estilo de jogo, expectativas da temporada, entre outras novidades.

Como está sua adaptação ao Finasa?
Marcelinha – Apesar do pouco tempo, o processo de adaptação tem acontecido rapidamente. Embora o time não esteja completo e não termos muito contato com as jogadoras que estão na seleção, a primeira impressão que tive da minha nova casa foi maravilhosa.

Durante esse período como define o novo clube?
Marcelinha – O Finasa é uma experiência diferente em minha vida. Por isso, há muitas circunstâncias que mudam porque serei a líbero titular da equipe. Em contrapartida, estou bem à vontade e tenho me preocupado exclusivamente com o vôlei. Além disso, a estrutura do clube me deixou muito satisfeita para poder mostrar meu trabalho. Só tenho a agrader a diretoria e ao técnico Luizomar pela oportunidade.

Você está preparada para as cobranças de ser a líbero de um time candidato ao título da Superliga?
Marcelinha – As cobranças surgem naturalmente e nunca tive problemas com elas. Sempre assumi as responsabilidades nas equipes que defendi. Acredito ainda que as exigências vêm de acordo com o trabalho feito em quadra. Pretendo fazer dessas cobranças o meu estímulo. Pois, se você é cobrado significa que tem algo a mais para mostrar.

Qual foi o seu objetivo ao trocar o Rexona, bicampeão brasileiro, pelo Finasa?
Marcelinha – Escolhi o Finasa para ter a oportunidade de ser titular de uma equipe grande e também estruturada. Já no Rexona, atuava como segunda opção porque a Fabi que era a líbero titular assumia permanentemente a posição do time ao retornar da seleção brasileira. Então ao receber o convite do Finasa, encarei-o como uma oportunidade especial. Como meu objetivo é ser titular, preferi aceitar o desafio.

Você chegou a ser titular do time?
Marcelinha – No primeiro ano de equipe, fiz a maioria dos jogos como titular. Porém, na época que integrei a equipe tinha apenas 17 anos e, por ser muito nova, acredito que preferiram não me expor a tanta responsabilidade.

Agora que será a titular, você também sonha em jogar na seleção brasileira e participar de uma olimpíada?
Marcelinha – Sem dúvida, esse é um sonho totalmente especial. Espero, no entanto, que essa oportunidade não esteja muito longe do meu alcance. Pretendo conquistar bons resultados no Finasa e aproveitar a projeção do time para alcançar esse objetivo.

O que a levou a praticar o esporte?
Marcelinha – Meus familiares tinham a vida voltada à prática esportiva, e foi por meio deles que passei a ser incentivada também. Não comecei diretamente com o vôlei, primeiro fiz basquete e depois futebol. Mas em 1997 entrei, definitivamente, na escolinha de vôlei do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. Ao dar os primeiros passos na modalidade, recebi o convite de jogar pelo Fluminense onde permaneci por muitos anos até defender o Rexona em 2003.

Por que optou pela posição de líbero?
Marcelinha – Nas categorias de base, sempre atuei como levantadora. Inclusive em 2002, fui campeã brasileira infanto jogando nessa posição pela seleção carioca. Mas no primeiro ano de juvenil do Fluminense, meu treinador sugeriu que mudasse de posição e fosse jogar como líbero. Aceitei a idéia e a mudança ocorreu de forma positiva.

Como você se define dentro de quadra?
Marcelinha – Sou muito dedicada, guerreira e procuro escutar os profissionais mais experientes. Luto muito nos treinamentos e tento me superar a cada momento.

E qual é a sua relação com as companheiras em quadra?
Marcelinha – Jogo no sistema defensivo, por isso preciso ter muita atenção para orientar as atletas. Mas, no primeiro momento, procuro buscar entrosamento e conhecer o time com o tempo. Na quadra, às vezes converso mais com uma jogadora e com outra dou apenas um toque. Isso, entretanto, varia muito em determinados momentos e situações.

Quais suas expectativas para a temporada 2007/2008?
Marcelinha – Quero dar o máximo de mim para conquistar o maior número de títulos possíveis. O time certamente fará uma boa temporada porque as nossas pretensões para este ano são positivas.

Você conhece o Programa Finasa Esportes? Qual é a sua opinião sobre os projetos sociais que usam o esporte como ferramenta de inclusão social?
Marcelinha – Se todos os clubes tivessem um programa semelhante, o esporte brasileiro não estaria tão carente e necessitado de profissionais. O projeto social é um incentivo imprescindível ao país. Pois muitas crianças precisam de estímulo e apoio para praticar esporte e, acima de tudo, para ter uma boa formação na sociedade. O Programa Finasa Esportes tem ajudado a preparar muitas jovens, antes desestimuladas e sem incentivo. Por meio dessa ação, o time adulto de vôlei também auxilia como um espelho para diversas crianças.

Mais informações no site www.finasaesportes.com.br

Allan Bratfisch/ João Pedro Nunes Mtb. 11.675
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