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Após fazer história como primeira negra latina no cume do Everest, Aretha Duarte volta ao Brasil

O cume do Everest na viseira
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha se prepara para chegar ao cume
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha mirando o cume
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha e seu sherpa Pasang Geljen
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha no cume do Everest
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha durante a expedição
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha no campo base
(Gabriel Tarso / Divulgação)

Aretha em expedição ao Aconca?gua, na Argentina
(Divulgação)

Montahista desembarca em São Paulo nesta quinta-feira (2) e concede entrevista coletiva na sexta (3), quando apresentará os detalhes do sucesso da expedição ao "topo do mundo" e sobre seus projetos como ativista sócioambiental

02.06.2021  |  2.591 visualizações

Junho, 2021 – Após vencer 8.848 metros na vertical e superar 15.197 quilômetros de um trajeto em uma linha horizontal, a montanhista Aretha Duarte chega ao Brasil nesta quinta-feira (3). A primeira mulher negra latino-americana a chegar ao cume do Everest retorna em voo fretado pelos membros da expedição que levou cinco brasileiros ao chamado teto do mundo. Saiu de Kathmandu, no Nepal, nesta quarta-feira (2) e desembarca em São Paulo, no aeroporto de Cumbica, para iniciar uma nova fase de sua jornada como ativista socioambiental. Nesta sexta-feira (4), ela vai conceder uma entrevista coletiva, com transmissão on-line, a partir das 11h. Para acompanhar pelo seu canal no youtube basta acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=VGgvS07KrJ8 e no instagram: https://www.instagram.com/aretha_duarte/ .

“Quero transformar essa conquista pessoal em possibilidades de inspirar as pessoas e fazer parte de um processo de mudança. Para levantar o dinheiro para essa expedição, trabalhei com reciclagem, e isso envolveu toda a comunidade em torno de uma meta que, no final das contas, é ótima para o meio ambiente. É nisso que eu acredito e vou trabalhar para isso. Já tenho um projeto de um centro de treinamento de escalada na periferia de Campinas, onde moro”, comentou Aretha, ainda no Nepal. Ela complementou: “O Everest é uma vivência rara e eu voltei mais forte e determinada a trabalhar por mudanças sociais, por um futuro melhor. Também voltei diferente no sentido de refletir quantas coisas eu ainda posso melhorar pessoalmente.”

Aos 37 anos, Aretha é a sexta brasileira a vencer o desafio de escalar os 8.848 metros do Everest. Até 2020, apenas 25 montanhistas do Brasil haviam conseguido chegar ao topo da montanha mais alta do mundo. Até 2021, eram cinco mulheres. Nenhuma negra. Ela chegou ao cume na manhã do domingo (23), às 10h24, pelo horário nepalês (1h39 da madrugada de domingo no Brasil). De volta ao ao campo base, precisou esperar por quatro dias até o tempo abrir para seguir para Kathmandu, onde chegou neste sábado (29). A montanhista tinha embarque para o Brasil previsto para esta terça-feira (1), com chegada na quarta (2), mas os voos estão cancelados em função de lockdown decretado na pandemia. Por isso, os demais membros da expedição fretaram um avião, que fará uma escala em Doha, no Catar, antes de chegar a São Paulo.

Aretha não vê a hora de voltar a Campinas, rever a família e compartilhas suas experiências. “Como montanhista, minha sensação de chegar ao cume do Everest foi de 'caraca, subi de nível'. É difícil precisar tudo que senti, pois a emoção é forte. Mas pensei sobre a minha realização e o quanto ela pode servir de inspiração para as pessoas. Para que elas entendem o poder que elas têm. E se elas conseguirem pensar, imaginar e sonhar, terão a condição de realizar. É isso que eu acredito.  O que precisam é dar próximo passo. Na montanha, você não sabe direto. Você vai passo a passo. No Everest, você chega no campo base e depois segue subindo, até atacar o cume. Espero que essa mensagem atinja a todos, especialmente as mulheres e mais especialmente ainda, as mulheres negras”, garantiu Aretha.

Sobre Aretha - Nascida e criada na periferia de Campinas, Aretha é formada em educação física e acumula experiência de uma década no montanhismo e já praticou o esporte em sete países. Já escalou o Aconcágua, na Argentina (cinco vezes), o ponto mais alto fora do Himalaia, e o Monte Kilimanjaro, maior montanha da África, além Elbrus (Rússia), Monte Roraima (Venezuela), Pequeno Alpamayo (Bolívia), Vulcões (Equador), entre outros.

Aretha conheceu a modalidade na faculdade, aos 20 anos, quando um professor da PUC de Campinas, quis apresentar esportes outdoor para os alunos do curso de educação física e os levou até a Grade6, operadora de montanhismo. Lá ela entendeu mais sobre como funciona o esporte e se apaixonou. “Fiquei pensando: 'como nunca tinha ouvido falar neste tipo de esporte antes?'", contou.

Entusiasmada, Aretha tentou se aproximar da empresa, fazendo cursos de escalada em rocha. Trabalhou de modo eventual em eventos corporativos, para em 2011 ser efetivada. A empresa ia fazer a primeira expedição comercial ao Everest. Carlos Santalena e o Rodrigo Raineri, na ocasião sócios e guias da Grade6, levariam os clientes para a montanha e convidaram Aretha para fazer parte do quadro de funcionários. "Daí em diante, comecei a praticar escalada, trekking e expedições. Em janeiro de 2012 fui pela primeira vez à alta montanha, no Aconcágua. Desde então, ao menos uma vez por ano realizo expedições no pico mais alto das Américas, na Argentina. Estive cinco vezes lá, quatro delas atingindo o cume de 6.962 metros", finaliza.

Expedição Aretha no Everest - Para viabilizar o projeto Everest, orçado em quase 400 mil reais, a primeira saída encontrada por Aretha foi trabalhar com reciclagem, uma volta a atividade praticada na infância e adolescência. Sua atuação envolveu a família e foi tão intensa que, no final, cerca de 35% do valor da expedição veio da coleta seletiva. Nesse processo, iniciado em março de 2020, ela se consolidou como ativista ambiental e empreendedora social. Até agora, ela juntou mais de 130 toneladas de resíduos destinados à reciclagem, reuniu cerca de 600 brinquedos usados e higienizados distribuídos no Natal e mais de 1200 livros disponíveis para uma biblioteca comunitária. Ela também implantou a primeira parede de escalada comunitária em Campinas.

A atuação multifacetada de Aretha teve força não apenas para envolver a comunidade, mas também para aglutinar empresas, que se juntaram a expedição como patrocinadoras. São elas: Moove Brasil, Monte Bravo Investimentos, Agência 2defy, Brasil Spot, Horas a Fio Pelo Mundo, Dardak Jeans e North Face. A montanhista também conta com os seguintes apoiadores: Farmácia Saint Germain, Moda Pense Verde, Popais Nack, 365 Palestras, Grade 6 Expedições, Eg Idiomas Campinas, Soma Ação, Marmitas Doze, Jacky Lopes Personal, Renato Fioravante, Studio de Pilates Dani Sarmento, Amalia Novaes Nutri e Thiago Lacerda.

Mais informações:
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