Abril, 2021 - Após estrear no 2021 ILCA Vilamoura European Continental Qualification na liderança da classificação geral, Robert Scheidt teve um dia mais complicado em Portugal. Nesta terça-feira (20), o bicampeão olímpico completou as duas provas em 13° e 18° lugares. E mesmo não tendo cruzado a linha de chegada entre os dez primeiros colocados, se mantém no top 10 da classificação geral. Ocupa a oitava posição, com 17 pontos perdidos, já contando um descarte.
Nesta quarta-feira (21), o brasileiro volta para o mar com o objetivo de seguir na briga para se manter entre os dez primeiros na classificação geral e garantir vaga na medal race, programada para sábado (24). “Esse é um campeonato bastante difícil, pois os melhores velejadores europeus estão aqui em Vilamoura. Infelizmente, não consegui repetir os resultados da estreia, mas o importante é seguir focado em construir uma média para chegar ao último dia na luta pelo pódio”, afirmou Scheidt, patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela, e que compete em Portugal como parte da preparação para a Olimpíada de Tóquio.
Na segunda-feira (1), Scheidt cruzou a linha de chegada em segundo nas duas regatas do primeiro dia do 2021 ILCA Vilamoura European Continental Qualification. O resultado valeu a liderança ao brasileiro de 48 anos, que compete contra atletas até 25 anos mais jovens. Após quatro provas, o croata Filip Jurišić aparece na frente na classificação geral, com 11 pontos perdidos e um descarte. A fase de classificação do 2021 ILCA Vilamoura European Continental Qualification vai até sexta-feira (23), com a flotilha dividida em dois grupos, com 60 barcos cada um.
Bons ventos em 2021 - Em sua última competição antes de Vilamoura, no mês de março, Robert Scheidt conquistou o título da ILCA Coach Regatta Lanzarote, na Marina Rubicón, em Playa Blanca, no litoral do arquipélago das Ilhas Canárias, na Espanha. A vitória no campeonato promovido pelos treinadores veio após completar seis das oito regatas entre os top cinco. O título não foi seu primeiro pódio em 2021 nas Ilhas Canárias. Na primeira competição do ano olímpico, Scheidt conquistou o vice-campeonato no Lanzarote Winter Series, em fevereiro.
Recorde olímpico em Tóquio - Com vaga garantida na classe Laser para os Jogos do Japão, Robert Scheidt, que completou 48 anos na semana passada (dia 15 de abril), está prestes a disputar o maior evento esportivo do planeta pela sétima vez, um recorde entre os atletas brasileiros.
Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016, onde terminou na quarta colocação, mesmo vencendo a medal race. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro de 2020, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.
Maior atleta olímpico brasileiro - Em março de 2020, foi eleito o maior atleta olímpico do Brasil, em votação coordenada pela Rede Globo com os maiores medalhistas olímpicos do País. Na comemoração dos 100 anos de história do Brasil nos Jogos Olímpicos, no início de agosto deste ano, ficou em segundo lugar em votação de 100 jornalistas, atrás apenas de Adhemar Ferreira da Silva e à frente de Joaquim Cruz, seus ídolos que muito o inspiram.
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
181 títulos - 89 internacionais e 92 nacionais
Laser
- Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
- Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
- Na Olimpíada Rio 2016, terminou em quando lugar, vencendo a medal race, televisionada para o mundo todo.
Star
- Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
- Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
- Integrante fundador da Star Sailors League, um circuito global de competições em franca ascensão, como uma ATP da vela, com ampla cobertura midiática. Scheidt foi o campeão da primeira edição, em 2013, ao lado de Bruno Prada, e vice-campeão em 2017 e 2018, com Henry Boenning.
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