PENEIRA DO FINASA ATRAI CENTENAS DE JOVENS DE TODO O BRASIL
12.12.2005
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VOLEI
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Mauro Grasso e Ana Carolina
Caetano Barreira
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Ana Beatriz e os pais
Caetano Barreira
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Testes no Liberatti
Caetano Barreira
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Bia conversa
Caetano Barreira
Mais de 400 meninas foram avaliadas neste domingo e 61 passaram para a próxima fase
Osasco (SP) A tradicional peneira do Finasa reuniu neste domingo no Ginásio Professor José Liberatti, em Osasco, mais de 400 meninas, grande parte vinda de outros estados do Brasil. Divididas em seis categorias, as jovens, nascidas entre 1989 e 1996, foram avaliadas pelas comissões técnicas das equipes de base das 8h30 até o fim da tarde, ultrapassando o período previsto para a seletiva, devido à grande procura.
O encontro foi prestigiado por algumas estrelas do time adulto do Finasa, como Mari, Paula Pequeno, Carol Gattaz e Valeskinha. Entre as interessadas, compareceram garotas de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Goiás, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, além da Grande São Paulo e de inúmeras cidades do interior do Estado. Das 463 que se apresentaram para os testes, 61 passaram para a próxima fase.
As primeiras candidatas que entraram na quadra tentavam uma vaga para a categoria iniciantes. O destaque do grupo foi Ana Carolina, de 11 anos, filha do treinador do Banespa, Mauro Grasso, que a acompanhava no ginásio. Ela pediu para vir. Está meio no sangue, já que ela praticamente cresceu dentro da quadra, comentou o técnico após saber da aprovação da filha. No futuro, se eu voltar para o feminino, quem sabe não a encontre na quadra, brincou o pai, que confessou ter ficado nervoso durante a avaliação de Ana Carolina.
Outra atleta que chamou a atenção foi a paulista Ana Beatriz, que veio de Sorocaba acompanhada dos pais. Atleta pré-mirim, ela tem 13 anos e 1,89m. É a primeira peneira dela em São Paulo e nós a trouxemos exatamente porque soubemos da boa estrutura do Finasa, explicou Ovídio Correa, pai da jovem, aprovada nos testes deste domingo. Nós a apoiamos, é o futuro dela, disse a mãe, Joelma.
Mas o dia não foi de alegria para todas. A decepção foi grande para a jovem Iara Aparecida Borges, de 16 anos, que não passou na peneira após viajar 18 horas desde Curitibanos, em Santa Catarina. Soube da peneira pela Internet, e uma amiga me incentivou a vir. Estava preparada, mas não vou desistir de tentar outras vezes, comentava a atleta do infanto-juvenil, categoria que teve o maior número de inscritas, 159. Quatro foram aprovadas.
O número de meninas presentes surpreendeu até quem está acostumado a tomar parte em avaliações como essa. A seletiva terminou após o período previsto, que era para o meio da tarde. Para Irma Conrado, coordenadora da peneira, o sucesso se deve principalmente ao trabalho sério realizado pelo Finasa, que coloca uma grande estrutura à disposição das categorias de base. Nesta edição, a equipe responsável pela seleção recebeu o apoio de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e médicos. Aqui a gente descobre quem tem potencial. Agora, o desenvolvimento do talento é no nosso dia-a-dia, complementa a treinadora.
Incentivo Além de participar da peneira, muitas meninas realizaram o sonho de conhecer jogadoras nas quais se espelham, como Mari, Paula Pequeno, Carol Gattaz, Arlene, Luciana, Bia, Soninha, Valeskinha, Fabiana Berto e Ligia, que estiveram no Liberatti para acompanhar a seleção e incentivar as novas gerações de vôlei brasileiro.
A meio-de-rede Carol Gattaz e a ponteira Luciana foram as primeiras a comparecer para motivar as meninas. Viemos aqui principalmente para dar um apoio a elas, disse Carol, enquanto Luciana lembrava como vai ser difícil ficar longe da família para algumas das aprovadas. Muitas delas vêm para conquistar um sonho e aqui no projeto vão ter toda a estrutura para realizá-lo, afirmou a ponteira.
A ponteira Paula Pequeno, uma das mais solicitadas pelas candidatas, destacou a importância do trabalho de formação de atletas processo por que passou alguns anos atrás. O projeto é sério. A empresa faz um trabalho muito bonito. Aqui as meninas não se preparam apenas para o esporte, mas para a vida, por isso a peneira é tão procurada e merece o valor quer tem.
Outra que fez sucesso foi a ponteira Mari, que entrou no Finasa ainda no infanto e acredita que a categoria de base é importante para que a atleta chegue ao adulto pronta. Se queimar etapas nas categorias de base, uma garota como essa não vai ser uma boa jogadora, avalia a atacante.
As meninas aprovadas neste domingo passam agora por mais três dias de testes, de 12 a 14 de dezembro, para avaliações táticas e físicas. Aquelas que residem fora da Grande São Paulo receberão da Associação Desportista Classista Finasa alojamento e alimentação sem ônus para a jogadora e o acompanhante.
Mais informações no site www.finasaesportes.com.br
João Pedro Nunes (Mtb 11.675) / Nicolás Morell