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Homeless World Cup: Brasil é top 5 na Copa do Mundo de Futebol Social no México

A seleção feminina encerrou a participação na edição de 2018 do torneio em quarto lugar e a masculina finalizou em quinto

19.11.2018  |  3.211 visualizações

São Paulo (SP) - As seleções brasileiras de futebol encerraram, neste domingo (18), suas participações na Homeless World Cup Mexico 2018, ambas no top 5 da competição. No feminino, a equipe do Brasil enfrentou o Chile na disputa pelo terceiro lugar e o placar final foi 3x2 para as adversárias. Já no masculino, vitória sobre a África do Sul por 3x0, para garantir assim a quinta colocação do torneio. Ambos os títulos ficaram com os donos da casa. Entre as mulheres, o México derrotou a Colômbia por 5x3. Os homens venceram o Chile por 6x3.

As seleções do Brasil chegaram à fase de mata-mata com ótimas campanhas. Para as mulheres, haviam sido dez jogos disputados, com dez vitórias, tendo marcado 81 gols e sofrido 32. Os homens tinham jogado nove partidas, com nove vitórias: 59 gols marcados e 13 sofridos. Nas quartas de final, a seleção feminina passou pelo Peru, 8x2, mas acabou derrotada na semifinal para as donas da casa, 8x4. Já o masculino, caiu para a Hungria, 6x4, e garantiu vaga na decisão pelo quinto lugar, após vencer a Bósnia, 6x5.

"As oito seleções que chegaram às quartas de finais no masculino tinham um nível altíssimo. A seleção da Hungria, em teoria, era talvez uma surpresa, mas pelo que vimos em alguns jogos anteriores, seria realmente um adversário difícil. A partida foi definida em pequenos detalhes e, infelizmente, não foram a nosso favor. Saímos do torneio com uma única derrota em 12 jogos e com muitos aprendizados, tanto dentro quanto fora de quadra", definiu Pupo Fernandes, treinador da seleção brasileira. "Esses jovens, por tudo que passaram em suas vidas e puderam hoje estar aqui no México, já são vencedores. Tenho a certeza de que terão um futuro brilhante pela frente", finalizou Pupo.

Para Antonio Fernandes, treinador do time feminino e coordenador da ONG Futebol Social no Rio de Janeiro, o balanço também foi positivo. "É difícil separar a questão futebolística da social aqui. Esportivamente talvez não chegamos aonde acreditávamos ser possível, mas merecidamente o México foi o campeão. Temos que tirar o chapéu, não só pelo futebol apresentado por eles, mas também pela organização, perfeita. Nossas meninas ficaram felizes independente do resultado. Muitas pessoas querendo conhecê-las e tirar fotos com elas. Esse mundo que se abriu para elas, nunca irá se encolher daqui para frente. Elas vão levar essa luz e inspiração do que captaram aqui para o resto da vida. Esse é o legado do futebol social, ver o mundo de um jeito diferente do que estão acostumadas em suas comunidades. A cabeça que volta ao Brasil, não é a mesma da que veio", enalteceu Antonio.

Palavra de capitã - Responsável por vestir a braçadeira de capitã do time feminino, a santista Patrycia Ferreira, representante do projeto Sambaituba FC/São Vicente A.C, destacou a oportunidade única em sua vida. "O futebol social me proporcionou algo que eu nunca imaginaria. Esse esporte é tudo para mim e ter conquistado o quarto lugar do mundo pelo Brasil, me deixou muito feliz. Vou levar as amizades e os momentos que vivi aqui para o resto da vida. Poder conhecer pessoas de diversos países e outras culturas foi o mais gratificante. Sou apaixonada por futebol e nunca pensei que ele me proporcionaria um conhecimento tão grande quanto esse", destacou Paty.

"Como pessoa mudei bastante e vi coisas que mexeram muito com meu emocional. Saber que outras pessoas com dificuldades estavam ali lutando para conquistar e atingir seus sonhos. Para mim foi como se eu estivesse com minha família aqui. Todos formaram uma família, não só as nossas equipes brasileiras, mas de todas as outras nacionalidades. Nunca mais vou viver sensações como essas, algo realmente único. Pensava sobre algumas coisas de um jeito e a ONG Futebol Social e a Homeless World Cup me fizeram pensar diferente. Vi o lado solidário e amigo do ser humano e isso para mim é maravilhoso. Como atleta, vou poder dizer pelo resto da vida que representei o Brasil em um mundial. Fico muito feliz por isso", complementou a capitã brasileira.

Os jogadores - A seleção feminina contou com as seguintes jogadoras: Vanessa Santos (Independente FC) e Micaelly Ferreira (CAP Paranoá), ambas de Brasília; Beatriz Guimarães e Patrycia Ferreira (do Sambaituba FC/São Vicente A.C), ambas de Santos; Rayssa Arcoverde (Padre Miguel) e Thayane Higino e Ana Beatriz Santos (ambas Pereirão), as três do Rio de Janeiro; e Michele Sales (Babys Araçariguama), de Araçariguama (SP).

O time masculino foi formado pelos atletas: Matheus Lopes (Jaguaré) e Daniel Lima (Garotos Bonge), ambos de São Paulo; Luis Eduardo Souza (Pereirão) e Richard Miranda (Padre Miguel), os dois do Rio de Janeiro; Igor Alessandro (Bola da Vez), de Sorocaba (SP); Ítalo Felipe Lopes (ADESF), de Santo Antônio do Descoberto (GO); e Cleisson Souza (União Recreativo Areal), de Brasília. 

Futebol Social: entenda as regras - No futebol social, a quadra é reduzida, tem apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O time vencedor ganha três pontos no campeonato, o perdedor, zero. Em caso de empate, disputa alternada de pênaltis, com dois pontos para o vencedor e um para o time que perder. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera. Os jogadores de linha também não estão permitidos a invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti do time adversário. O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios e um troféu exclusivo é destinado ao time que demonstrar e jogar com o espírito genuíno do futebol.

Para os jogadores que não atuarem nesse espírito do Fair Play, penalidades: cartão azul (dois minutos) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio. Pelo menos um jogador deve ficar no campo oposto, ou seja, três atacam e dois defendem. Uma falta será marcada contra o time que ficar totalmente em seu lado. Se um jogador recebe um cartão azul, enquanto o time estiver com jogador(es) a menos, esta regra não é válida. Da mesma maneira, esta regra não vale se um jogador recebe um cartão vermelho.

Sobre a Ong Futebol Social - Com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Penalty, o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. Participam jovens de 16 a 21 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento. Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 20 mil jovens e participou de mais de 20 eventos internacionais, incluindo a Copa do Mundo de Futebol Social (Homeless World Cup).

Mais informações sobre o Futebol Social:
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  • Atletas do Brasil no encerramento
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  • Seleção feminina do brasil
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  • Seleção masculina do Brasil
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  • Brasil x México
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  • Brasil x Bósnia
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  • Pupo Fernandes dá preleção aos atletas
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  • Treinador Antonio Fernandes
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  • Patrycia Ferreira
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