São Paulo (SP) – Robert Scheidt e Gabriel Borges enfrentaram vento forte e muitas dificuldades nas regatas desta sexta-feira (23) na Kieler Woche, a tradicional Semana de Vela de Kiel, na Alemanha. Em um dia duríssimo para os brasileiros, a dupla não conseguiu repetir os bons resultados das provas anteriores e caiu para o 17º lugar na classificação geral. O bicampeão olímpico, contudo, destacou o aprendizado na nova classe, a 49er. Neste sábado (24), ele e o proeiro voltam ao mar para o encerramento da flotilha ouro.
Scheidt e Borges ocupam o 17º lugar, com 96 pontos perdidos. Nas quatro regatas desta sexta-feira, conseguiram chegar em 26º, 15º, 36º (não completaram) e 25º lugares. Mas se engana quem pensa que as dificuldades abalam o ânimo do bicampeão olímpico. "O Vento estava bem forte, entre 20 a 25 nós, uma condição que ainda temos pouco tempo de treino. O lado positivo é que enfrentamos situações duríssimas e aprendemos muitas lições. Amanhã (sábado) a previsão é que o vento continue forte, ou seja, velejar será outro grande desafio. Mas, acima de tudo, está sendo um campeonato bom, pois vivenciamos situações as quais ainda não havíamos sido expostos", avaliou o iatista, patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex, com os apoios do COB e CBVela.
Após uma estreia em grande estilo – com direito à vitória na prova inicial – e regularidade no segundo dia, Scheidt e Borges enfrentaram dificuldades na flotilha ouro. “Nas duas primeiras regatas, velejamos razoavelmente bem, mas na terceira tivemos um problema. Viramos o barco, uma peça quebrou, e não conseguimos terminar. Consertamos para a última corrida, mas sofremos porque o vento aumentou mais ainda. Foram situações difíceis ao longo da disputa, com mais uma virada perto da linha de chegada. Foi um dia duro”, completou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.
A liderança da Semana de Vela de Kiel é dos australianos David Gilmour e Joel Turner, com 27 pontos perdidos. A outra dupla brasileira na competição, Carlos Lorente e Marco Grael, com 91 pontos perdidos, uma posição à frente de Scheidt e Borges. A medal race está programada para domingo (25).
Evolução - Em sua primeira temporada na classe 49er, Scheidt busca experiência a fim de iniciar um novo ciclo, visando os Jogos de Tóquio, em 2020, onde pretende lutar pela sexta medalha olímpica. Aos 44 anos e consagrado na Star e Laser, o iatista encara o desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias diferentes. "Sabemos que é um processo que leva um certo tempo e muita dedicação. E quanto mais tempo estivermos na água treinando e competindo, mas aprimoraremos nossas manobras. Estamos na luta e os resultados começam a aparecer", completa Scheidt.
A evolução de Robert na 49er pode ser comprovada pelo seu desempenho. Na Copa Brasil, disputada no início de março, em Porto Alegre, venceu quatro regatas, as primeiras na nova categoria, conquistando a medalha de prata. Antes de competir em águas brasileiras, disputou a etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela, em janeiro. E conseguiu o 16º lugar na disputa que reuniu 26 barcos com os melhores iatistas do planeta. Na Miami Mid Winters, também no início de 2017, conseguiu 11º lugar no campeonato que envolveu 17 competidores. Mais recentemente, no final de março, correu o Troféu Princesa Sofia e novamente fez um 11º lugar.
Maior atleta olímpico brasileiro
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
176 títulos - 86 internacionais e 90 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016
Laser
- Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
- Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
- Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
- Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
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