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MIA HAMM, O PELÉ DO FUTEBOL FEMININO

09.08.2004  |    161 visualizações

Jogadora norte-americana já marcou 150 gols na carreira

A atacante Mia Hamm, de 32 anos, é considerada a melhor jogadora do mundo de futebol. Campeã olímpica em 1996, em Atlanta, ela é a estrela da seleção dos Estados Unidos, que se prepara para disputar a Olimpíada de Atenas, na Grécia. No mês passado, em um amistoso, Mia marcou o 150º gol de sua carreira. Os EUA venceram a Austrália por 3 a 1.

O que você espera de 2004?
Mia Hamm - Estou muito animada neste ano. É incrível ter a oportunidade de competir em Atenas, que é o berço das Olimpíadas. Ainda não decidi se este ano será o último como atleta. Além do mais, defender o meu país é sempre uma honra. Quanto ao time, com certeza o grupo não será o mesmo no próximo ano, sempre há mudanças.

Como você está fisicamente?
Mia Hamm - Me sinto ótima. E ainda tenho algum tempo para chegar ao auge da minha forma. Estou ótima e muito animada.

Como está o time neste momento?
Mia Hamm - O time está ótimo. Temos uma grande mistura de jogadoras experientes e jovens talentosas. O grupo está cada vez mais confiante, o que deve ajudar a nos colocar entre os melhores.

Que tipos de problemas você espera enfrentar em Atenas?
Mia Hamm – A cada ano, o nível das jogadoras melhora. Os países têm investido mais dinheiro no esporte e é possível notar uma conseqüente melhora de rendimento. Um bom exemplo é o México, que participa de uma olimpíada pela primeira vez. Nas rodadas seguintes ainda deveremos jogar contra adversários de muita tradição, como as campeãs mundiais da Alemanha, a Suécia, que é um time muito forte e têm duas das melhores atacantes, e o Brasil. A China também deve dar trabalho, pois renovou totalmente sua equipe no último ano e tem jovens jogadoras com sede de ganhar. Enfim, todos os times são talentosos.

E quanto ao clima, o calor deve atrapalhar?
Mia Hamm - Todas as equipes estão treinando neste clima quente e acho que essa é uma das razões de estarmos na Califórnia, além do fato de termos extraordinárias instalações. Também vamos chegar a Atenas antes para ajudar na adaptação.

Qual é a rotina de treinamento e quais mudanças foram feitas com a proximidade dos Jogos?
Mia Hamm - Nossa rotina de treinamento funcionou como uma pré-temporada, como o jogo que fizemos no começo de abril contra o Brasil, em Birmingham, e treinamos duas semanas e meia antes da partida. Fizemos muito treinamento físico, um tempo razoável de trabalho técnico, que todos querem fazer e isso é mais difícil de ser feito em ambiente de competição, e um pouco de treino tático.

Como é para você representar os EUA em Atenas?
Mia Hamm - É muito especial. Penso em tudo, na minha família, meus pais, que investiram em mim, e todos os meus treinadores e companheiros de time ao longo da jornada, que me colocaram em um meio para eu me tornar melhor.

Quais as pessoas que incentivaram você dentro e fora do campo?
Mia Hamm - Há tantas pessoas que me inspiraram, sejam atletas ou não, que me ajudaram. Minha família, meus pais, meus irmãos e irmãs, é claro, eles são alguns dos meus maiores fãs, os treinadores que tive. Muitos dos meus treinadores fizeram com que me desenvolvesse. Eles apostaram em mim ou me colocaram em um meio em que pude crescer competindo contra garotos, e me mantiveram ali, me dizendo para não desanimar quando as coisas ficassem difíceis, dizendo que eu tinha talento e que merecia ter sucesso.

A que você atribui seu sucesso prematuro?
Mia Hamm - Atribuo ao ambiente saudável da minha família. Meus pais me fizeram sentir que não tinha nada que eu não pudesse fazer, que tinha talento para fazer tudo o que eu queria, e eles realmente me deram apoio em tudo.

Você acreditava que seria tão bem-sucedida como é hoje?
Mia Hamm - Não tinha idéia de que seria bem-sucedida. Creio que todas as pessoas que fizeram parte da minha vida, da minha carreira, têm orgulho de mim.

O que você espera fazer no futuro?
Mia Hamm - Provavelmente, daqui a 10 anos não caberei nesta cadeira (risos). Espero estar feliz com minha família, quero ter filhos e passar boa parte do tempo com eles. Desde que entrei na seleção, há 18 anos tenho vontade de passar mais tempo com a família.

Qual foi o momento mais importante da sua carreira?
Mia Hamm - Sempre falo dos gols da seleção. Estou muito orgulhosa de nossas conquistas, nossas vitórias em 91, 99, nossas conquistas nas Olimpíadas. Simplesmente acho que ficar na seleção por tanto tempo diz muito. As pessoas gostam de falar de gols, mas os gols não são nada mais do que reflexos dos times extraordinários de que fiz parte.

O que você espera do uniforme?
Mia Hamm - Eu penso na nossa aparência, ela é extremamente importante. Você tem de demonstrar profissionalismo no campo. O uniforme é a primeira coisa que os adversários notam. Você pode intimidá-los com o uniforme. Sempre reparo nos uniformes quando vejo um time na televisão. As roupas têm de ser perfeitas para eu não precisar pensar nelas. O material ideal é aquele que você não tem de ficar puxando ou colocando enchimentos por ser muito apertado em um lugar ou muito largo em outro.

Em que você quer que seus adversários pensem quando a virem em campo?
Mia Hamm - Quando nossos adversários nos virem, espero que eles pensem: “como esse time está preparado!”.

A qualidade do uniforme é realmente importante na hora do jogo?
Mia Hamm - Sim, pois quando você está jogando, não quer que nada tire a sua atenção. A roupa adequada facilita as coisas.

Como é trabalhar com o pessoal da Nike que pesquisa e cria uma roupa especialmente para você?
Mia Hamm - Poder trabalhar com os engenheiros da Nike, que nos ajudam a combinar nossos uniformes com nossas chuteiras dá tranqüilidade, por sentir que as pessoas querem confeccionar a roupa especialmente para você. Eles querem que você tenha um excelente desempenho sem nenhuma preocupação. E eles realmente levam sua opinião em consideração, seja quanto à altura dos shorts ou o material, pois somos nós quem vamos usá-los no jogo. Temos que competir nos mais altos níveis vestindo essas roupas.
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