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Levantadora Diana comanda o MOLICO/Nestlé, na ausência de Dani Lins

13.01.2015  |    335 visualizações VOLEI

Em entrevista, a jogadora conta o início da trajetória no vôlei, revela seus ídolos e o seu principal objetivo principal na temporada

Osasco (SP) - Com 29 anos, Diana Maximiano Ferreira Xavier disputa sua primeira temporada com a camisa do MOLICO/Nestlé. A jogadora foi contratada em maio de 2014 e com ela em quadra o time já foi campeão dos Jogos Abertos do Interior, do Top Volley e do Campeonato Paulista, sendo que, os dois primeiros como titular. Diana é a responsável por manter a equipe de Osasco em alto nível, após a lesão da campeã olímpica Dani Lins, que se recupera de dores lombares.

Conheça um pouco mais sobre a história e trajetória de Diana.

Quando o vôlei surgiu na sua vida?
Comecei a jogar vôlei na escola. Estudava em um colégio público e na aula de educação física o vôlei foi o esporte que me chamou mais atenção. Daí em diante comecei a disputar competições estaduais pela escola e foi o início da minha paixão pelo vôlei.

Em qual momento o esporte virou profissão?
O Sport Club do Recife, onde foi minha iniciação, fez um projeto para pegar jogadoras de escolas públicas e foi aí que consegui dar uma guinada na minha carreira. No colégio eu jogava de atacante e no Sport o técnico acabou me colocando na posição de levantadora. No inicio não gostei porque queria atacar. Só pensava em dar porrada na bola. Para mim foi um pouco difícil e ao mesmo tempo um desafio gostoso. No decorrer do tempo acabei gostando. A paixão era tão grande que não me importava com a posição. Eu queria estar em quadra tendo contato com o esporte.

Quais foram seus principais incentivadores?
Meus pais foram meus maiores motivadores (Vilma Ferreira das Graças e Manoel Maximiano Ferreira). Eles nunca tiveram objeção a nada. Apenas me falavam da importância do estudo porque a carreira no vôlei é curta, mas eu conseguia conciliar. Na época eu estudava e jogava e dava para equilibrar bem. Conclui meus estudos e cheguei a fazer uma faculdade de nutrição, mas não terminei porque quis dar continuidade na carreira profissional.

A primeira Superliga e a ida para o vôlei europeu...
Quando estava no Sport em 2007/08 participamos da nossa primeira Superliga. Pela dificuldade de conseguir patrocinador, o clube não sabia se iria participar novamente. Então, recebi o convite para jogar fora do país e aceitei. Joguei quatro anos fora do Brasil, sendo primeiro em Portugal e, posteriormente, na Espanha e duas temporadas na Grécia. Depois disso retornei para Recife. Na temporada passada recebi o convite do técnico Hairton Cabral para jogar por São Caetano, onde participei de todas as competições e agora estou em Osasco.

Quais seus ídolos no vôlei?
Sempre gostei muito da Fofão e era apaixonada pelo vôlei dela. No masculino gostava do Mauricio. Achava ele o máximo jogando. Eu ficava que nem criança vidrada vendo os jogos dele e nem piscava o olho. Eles são fundamentais nesta minha trajetória. Já tive a oportunidade de vê-los, mas a emoção era tão grande que não conseguia falar. Com Fofão só tive a oportunidade de jogar contra. Nunca sentei para conversar com ela sobre isso, por causa a minha timidez. Sempre morria de vergonha.

Como foi ter que substituir a Dani Lins?
No jogo do Sesi eu estava tranquila. Apesar de ter sido de repente o que aconteceu com a Dani, eu estava calma. Diante das circunstâncias foi um choque para todas as meninas e, de certa forma, o time não estava preparado. Foi tudo rápido e a concentração foi afetada. Em seguida teve o jogo contra o Rexona e como foi muito próximo não conseguimos digerir a nossa má atuação contra o Sesi.Tentamos esboçar reação, mas o time delas estava tão embalado que dificultou para o nosso lado.

A falta de ritmo de jogo foi um complicador no início diante do SESI?
No jogo contra o Sesi faltou um pouco de ritmo. No nosso time as centrais têm uma importância grande, portanto é fundamental que elas joguem e nesse jogo pesou um pouco a questão do entrosamento. Depois passamos a treinar e com a chegada do Top Volley facilitou. Agora já não tem problema nenhum. Mas claro que o que a gente faz no treino influencia muito no jogo. No treino temos a repetição da ação e se você erra sabe que tem uma próxima bola para acertar. Já no jogo se você errar é ponto para o adversário e tem a pressão. Se você comete erros vai dando insegurança.

Como foi a conquista do Top Volley como titular?
Na Suíça a Dani sentia ainda um pouco as costas, mas já tinha condições de jogo. Porém, infelizmente a viagem deve ter agravado a lesão e como já estava preparada em relação a isso para mim foi tranquilo e as meninas me ajudaram bastante. Quando cada uma pensou em fazer a sua parte em quadra tudo fluiu. Do segundo jogo em diante crescemos como equipe, porque passamos a ter postura dentro de quadra. O Luizomar nos reuniu e disse que precisávamos sair do fundo do poço. Todas garantiram a certeza de que o time tinha condições de ir pra frente comigo e que nossa equipe não pode ficar dependente de uma só jogadora. A Dani é uma peça fundamental, pois tem uma experiência enorme e é a titular da seleção brasileira. Mas nós estávamos nos preocupando mais com a lesão dela do que em fazer o nosso em quadra. Eu vim pra ser reserva dela e enquanto ela não estiver tenho que estar ali e assumir o time.

Você e a Dani são de Recife. Como tem sido a convivência com ela?
Para mim está sendo maravilhoso porque além de ótima jogadora ela é uma excelente pessoa. Ela conversa muito comigo e tem me ajudado bastante. Quando a vejo dentro de quadra é uma inspiração a mais. Depois do Top Volley ganhei mais confiança e o grupo também passou a confiar mais em mim.

Como você lida com a responsabilidade de jogar por um clube tão tradicional?
No início foi difícil porque não estava acostumada. Mas com o tempo você vai se adaptando e não estou tendo problema em relação a isso. A gente sabe que a camisa pesa bastante, mas sei que estou aqui porque tenho capacidade e que estamos jogando pelo MOLICO/Nestlé pelas nossas condições. Por isso, essa questão nem acaba pesando tanto. A gente acaba se soltando mais e fica mais leve para fazer as coisas.

O que o vôlei representa em sua vida e qual sua meta principal para está temporada?
O vôlei é minha segunda família. É até difícil encontrar palavras porque foi por meio do esporte que várias portas se abriram para mim. Tem um peso enorme na minha vida e quando estou com as meninas me sinto como se fosse minha segunda casa. Espero conquistar o titulo da Superliga nesta temporada porque sempre acompanhei e é emocionante. Estamos trabalhando forte para isso.

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