São Paulo (SP) - O Campeonato Brasileiro de Optimist 2013 reúne, nas férias de janeiro, no Yacht Club de Santo Amaro (YCSA), 135 participantes de oito estados. Com isso, pode ser apontado como o principal evento da vela nacional nesse início de ano. E a flotilha nordestina entrou para valer na classe de introdução à modalidade. A competição conta com 16 atletas mirins da Bahia e 10 de Pernambuco. O número de velejadores e, mais do que isso, o talento deles, chama a atenção dos organizadores da categoria. São dois nordestinos entre os 10 primeiros: Tiago Monteiro (CICP/PE), em quarto, e Gerald Wicks (ICB/BA), em sexto.
Um dos motivos pela retomada é o investimento dos clubes náuticos na base e o Optimist é o berço da vela. "Salvador e Recife cresceram consideravelmente nos últimos anos. Com o desenvolvimento do Optimist, que é uma categoria formadora, as outras classes pan-americanas e olímpicas serão impactadas diretamente. O nordeste tem outras classes, como Hobbie Cat 16, por exemplo, que ainda segue muito forte", adiantou Pedro Paulo Petersen, presidente da classe no Brasil. "As escolinhas de vela de Optimist são o caminho para o sucesso. Alguns clubes abrem espaço para não sócios, o que ajuda na evolução da modalidade."
O próximo campeonato nacional da classe será em Recife, no mês de janeiro de 2014, e a expectativa é que mais de 130 crianças compareçam a Pernambuco. "A vela no nordeste chegou a ser mais praticada no alto rendimento, mas a intervenção federal nos Bingos, que eram os principais patrocinadores da categoria, prejudicou o crescimento da modalidade, principalmente em Fortaleza", lembrou Pedro Paulo Petersen, presidente nacional da Optimist. "Agora, os estados estão tentando se reerguer aumentando as flotilhas e realizando campeonatos."
Os nomes da vela nordestina começaram a surgir e o Optimist foi a largada para o sucesso deles. O baiano Kim Vidal é um deles. Depois de sair da classe, ele foi campeão mundial da juventude em 2011 e bronze no ano seguinte. Para o treinador da equipe da Bahia, Mario Urban Maru, a modalidade está cada vez mais ativa no estado. "É fruto de um trabalho forte de revitalização da vela. Tínhamos apenas três velejando na flotilha e agora o Iate Clube da Bahia tem 20. Os resultados aparecem com o tempo".
Apontada como umas das candidatas a representar o Brasil nas Olimpíadas de 2020 e 2024, a baiana Luiza Macedo Cruz era só elogios ao campeonato em São Paulo. "É muito legal correr de Optimist. Aqui a gente faz amigos para toda vida. Sempre que posso vou disputar campeonatos como esse para melhor ainda mais minha técnica. Quero seguir carreira e chegar longe", contou Luiza Macedo, que está em 23º lugar no Brasileiro.
"Os baianos têm muita garra e determinação. Cada vez mais as crianças estão aparecendo para conhecer a vela. Isso ajuda muito", disse Rafael Rizzato, um dos destaques da Bahia no Brasileiro de Optimist. Ele ocupa a 21ª posição.
Recife da vela - Em Pernambuco, a vela será impulsionada ainda mais nos próximos anos, com a chegada da Volvo Ocean Race em Recife, no segundo semestre de 2014. Além disso, a cidade sediará o Brasileiro da categoria, em janeiro do ano que vem. Oportunidade única para o pequeno Roberto Cardoso se dedicar ainda mais à vela. Ele é um dos mais novos do Brasileiro de Optimist 2013. "Eu adoro praticar esportes. Quero continuar a velejar quando crescer e espero que meus amigos sigam o meu exemplo. Não precisa ser profissional, mas o importante é participar", contou o garoto de 10 anos, que sonha em ser engenheiro.
O treinador dele, Edval Júnior, acredita que a classe Optimist, aos poucos, retomará força no estado. "A classe é muito cíclica. Durante muito tempo, a categoria ficou concentrada no eixo sul-sudeste, mas os nordestinos se organizaram, criaram estrutura nos clubes e os resultados começam a aparecer. O nível técnico é cada vez maior e os garotos vão brigar de igual para igual em pouco tempo", explicou Edval Júnior, treinador do Cabanga Iate Clube de Pernambuco.
Classificação geral - Os velejadores que disputam o Brasileiro de Optimist tiveram a terça-feira (22) de descanso. Eles só voltam a competir nesta quarta-feira (23), data das últimas regatas individuais. Na quinta e sexta (24 e 25), os mirins participam do campeonato por equipes. Serão quatro velejadores por time em uma espécie de mata-mata, parecido com o futebol.
Após nove regatas e um descarte, o paulista Pedro Correa (YCSA) assumiu a liderança, que estava nas mãos do gaúcho Gabriel Camargo (Veleiros do Sul). O garoto de São Sebastião venceu, na segunda-feira (21) duas provas e tirou um terceiro lugar. No feminino, o melhor desempenho até agora é da também paulista Olívia Belda (Clube de Campo São Paulo), que está em 11º lugar no geral.
O evento, que tem patrocínio do Sistema ANGLO de Ensino - Abril Educação, conta com atletas de 9 a 14 anos. São sete estados ao todo e mais o Distrito Federal na disputa. A maior flotilha é do Rio de Janeiro, com 40 atletas. São Paulo, que sedia o campeonato, conta com 30 mirins. Na sequência aparecem Bahia (16), Rio Grande do Sul (16), Paraná, Distrito Federal (10), Pernambuco (10) e Santa Catarina (3).
O Optimist -Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist. O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista.
Ficha técnica do Optimist:
Comprimento total: 2,34m
Largura: 1,13 m
Deslocamento: 35 quilos
Área vélica: 3,25m²
Palestra imperdível - O velejador Beto Pandiani estará no Yacht Club de Santo Amaro para uma palestra especial nesta quarta-feira (23). Especialista em expedições pelo mundo, Betão se prepara para mais um desafio: cruzar o Atlântico Sul a bordo de um catamarã sem cabine, sem motor e zero de conforto durante 30 dias ininterruptos, em fevereiro de 2013.
A palestra ocorre às 20h e terá a participação do comodoro do YCSA, Mark Essle, como mediador. "Eu falo sobre as seis viagens da minha carreira de maneira resumida e o Mark será o entrevistador, que vai puxar a meninada para questionar. Vamos bater na tecla do empreendedorismo e de tomada de decisões", contou Beto Pandiani.
A próxima viagem de Beto Pandiani será da Cidade do Cabo à Ilhabela e terá cerca de 5.000 milhas náuticas. Para completar mais essa aventura ao lado do parceiro Igor Bely, Betão adotou uma estratégia pouco usada no mercado esportivo brasileiro, o financiamento coletivo (crowdfunding). A ação entre amigos é muito comum fora do País e financia bandas, espetáculos teatrais, ensaios fotográficos e expedições.
O valor do financiamento coletivo da rota sem escalas em mar aberto será exclusivamente para cobrir despesas com equipamentos, que incluem GPS, telefones via satélite, dessalinizadores de água, alimentos liofilizados e outros mais. Essa viagem, assim como as cinco anteriores de Beto Pandiani pelos mares do mundo, vai virar um livro.
A 41ª edição do Brasileiro de Optimist tem patrocínio do Sistema ANGLO de Ensino - Abril Educação e tem tudo para ser o melhor da história no Yacht Club de Santo Amaro (YCSA), clube responsável pela realização do evento, que tem a supervisão técnica da Confederação Brasileira de Vela e Motor e apoio da Federação Paulista de Vela.
Mais informações no site do YCSA
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