São Paulo (SP) Representantes da Abriesp - Associação Brasileira da Indústria do Esporte - se reuniram nesta quarta-feira, em São Paulo, para definir um planejamento estratégico para o setor para os próximos dois anos. O plano bienal objetiva adotar uma ação conjunta da cadeia produtiva do esporte no País para fortalecer os segmentos envolvidos, além de preparar as empresas associadas para o chamado "ciclo virtuoso" do esporte nacional, com as realizações da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Entre os projetos apresentados está estimular o intercâmbio, negócios e transferência de tecnologias. Outro item proposto pela entidade é a criação de um fundo de investimentos, com o apoio do Governo e de bancos de fomento, para viabilizar projetos de infraestrutura. Está prevista também a publicação de um guia com as empresas e entidades que compõem o setor da Indústria e serviços do esporte no País.
O coordenador de planejamento estratégico da Abriesp, Júlio Filgueira, reforçou a necessidade de unir a indústria do esporte ao momento de crescimento econômico do Brasil, atrelado à realização dos megaeventos. "Todos os países que abrigaram as competições esportivas experimentaram ciclos virtuosos de desenvolvimento no pré e no pós-evento. Esse desenvolvimento se dá na formação de novos atletas, na tecnologia, no aumento da prática de atividade física e na reforma da infraestrutura das cidades-sedes, entre outros fatores. Como exemplo, temos Barcelona que é a cidade do mundo que tem mais clubes. Sem dúvida, o crescimento econômico do País fortalece o esporte", afirmou Filgueira.
O Ministério do Esporte indica que o impacto econômico causado pela Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 deverá superar R$ 280 bilhões. O investimento em infraestrutura nas cidades-sedes está orçado, segundo a pasta, em R$ 30 bilhões. As ações devem resultar na criação de 710 mil vagas divididas entre as áreas de infraestrutura esportiva, máquinas, equipamentos, materiais, acessórios e prestação de serviços.
Desafios - Os representantes da Associação Brasileira da Indústria do Esporte apostam na aproximação com os órgãos governamentais para inserir toda a cadeia produtiva à demanda nos próximos anos. O desafio, segundo o vice-presidente da Abriesp, Sérgio Schildt, será transformar o Brasil de importador para exportador no segmento. "É uma oportunidade sem igual para colocar o Brasil no patamar mais alto. Precisamos de mais diálogo com governo e com as entidades esportivas para entender as necessidades e se preparar para atender com nível olímpico o que vem pela frente", explicou Schildt.
Coordenado pelo presidente da Abriesp, Maurício Fernandes, o encontro contou representantes das empresas filiadas, e a presença de profissionais, gestores e empresários ligados ao esporte, além da assessora do Ministério do Esporte, Luiza Rangel, e de integrantes da Embratur, da Prefeitura e Governo de São Paulo e da Assembléia Legislativa Paulista.
A entidade prevê a realização de cinco encontros regionais com representantes da cadeia produtiva do esporte, em conjunto com o Sebrae, para capacitação e adequação dos empresários ao plano de trabalho da Abriesp.
Demanda por infraestrutura - Dados do Ministério do Esporte mostram que o investimento em novas instalações ainda é pequeno, mesmo com o orçamento seis vezes maior nos últimos oito anos. A pasta destina dois terços dos recursos anuais diretamente para a infraestrutura. Hoje, o Ministério tem orçamento de R$ 2 bilhões contra R$ 300 milhões em 2003.
"O esporte faz parte do projeto de crescimento econômico do País. Por isso, é preciso otimizar o trabalho estreitando os laços entre toda a cadeia produtiva do setor. Não há momento melhor para consolidar uma política esportiva nacional", indicou Luiza Rangel.
Sobre a Abriesp - A Associação Brasileira da Indústria do Esporte foi fundada em março de 2005 e reúne 35 empresas do setor. Seu objetivo é assessorar as afiliadas junto aos órgãos públicos e entidades privadas, além de criar oportunidades de negócios. A Abriesp, presidida por Maurício Fernandes, da GMF Promoções Esportivas, tem como vice-presidente Sérgio Schildt, da Recoma, e conta com quatro câmaras setoriais: Infraestrutura Esportiva; Máquinas e Equipamentos; Materiais e Acessórios e Prestação de Serviços.
Ouça e baixe em MP3 as sonoras do evento da ABRIESP:
Clique aqui para ouvir sonora de Júlio Filgueira falando do evento
Clique aqui para ouvir sonora de Júlio Filgueira explicando o momento vivido pelo País
Clique aqui para ouvir sonora de Sérgio Schildt sobre os desafios da cadeia produtiva do esporte
Clique aqui para ouvir sonora de Luiza Rangel sobre os investimentos do Ministério do Esporte
Mais informações no site
www.abriesp.com.br
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