São Paulo (SP) - Caio dos Santos trouxe mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, dessa vez no revezamento medley. Nesta segunda-feira, ele foi campeão com o quarteto das Américas, que completou a prova em 1min51s38. A equipe europeia foi a segunda colocada, com 1min52s11, seguida do time da Oceania, com 1min52s71. Com isso, a seleção brasileira encerrou sua participação no atletismo com três medalhas: duas de ouro e uma de prata.

A equipe das Américas, campeã do revezamento medley, foi formada por Caio dos Santos (100m), Odane Skeen (Jamaica, 200m), Najee Glass (Estados Unidos, 300m) e Lugulin Santos (República Dominicana, 400m). O jovem de Barretos, que treina no Centro de Excelência (CEE), projeto do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Federação Paulista de Atletismo (FPA), já havia alcançado o ouro no salto em distância. Este título veio na manhã de domingo, com a marca de 7,69m.

A outra medalha brasileira no atletismo também foi obtida por um atleta de São Paulo. Thiago Braz (BM&FBOVESPA) igualou sua melhor marca no salto com vara (5m05) e ficou com a prata. O jovem de Marília fez o mesmo resultado do campeão, o espanhol Didac Salas, mas usou uma tentativa a mais durante a prova. "Foi demais, uma honra ter participado desta competição, a mais forte para a minha categoria", disse Thiago.

Outros quatro atletas paulistas passaram para as finais de suas provas. Nos 400m, Leandro Pitarelli (CEE-SP/ASA-Sertãozinho) superou sua antiga melhor marca e terminou na quinta colocação, com 47s59. Jéssica dos Reis (Associação Sambernardense de Atletismo) correu a final dos 100m, igualou seu recorde pessoal (11s94) e terminou na sexta colocação.

No salto triplo, Paulo Sérgio (CEE-SJRP/Associação Riopretense Pró Atletismo) foi quinto colocado, com 15,63m. Antônio César Rodrigues (CEE-SP/ASA-Sertãozinho) terminou na oitava colocação nos 200m rasos, com 21s60. Os paulistas Jean Franchini (Águias Guariba) e Andressa Fidelis (CEE-SP/ADC Estrela Guarulhos), nos 110m com barreiras e no salto em distância, respectivamente, não chegaram às finais dos Jogos Olímpicos da Juventude.

Centro de Excelência, revelando talentos para a Rio-2016

A seleção brasileira de atletismo foi representada por 15 atletas em Cingapura. Do total, oito são filiados à FPA e cinco deles, integrantes do CEE. O antigo "Projeto Futuro", que revelou a campeã olímpica do salto em distância em 2008, Maurren Maggi, passou a se chamar Centro de Excelência e se expandiu para todo o estado de São Paulo.

Além das duas medalhas de ouro obtidas por Caio dos Santos, integrante do núcleo paulistano do programa há três anos, o trabalho realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e pela FPA rendeu outros frutos, como a medalha de ouro conquistada por Geisa Arcanjo no Mundial de Juvenis, realizado no Canadá no final de julho. A atleta, campeã do arremesso do peso, com 17,02m, treinou por mais de quatro anos no núcleo paulistano do projeto. Estes jovens talentos têm chances de brilhar nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Para José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, presidente da Federação Paulista de Atletismo, os resultados obtidos por atletas paulistas coroam um trabalho desenvolvido há anos. "Mostram que nosso esforço em prol do desenvolvimento da modalidade, da revelação de talentos e do aumento da estrutura tem surtido efeito. É a premiação do esforço de muitos profissionais que amam o esporte", disse. Toninho ainda exaltou a participação do Centro de excelência. "Temos seis núcleos do projeto espalhados por São Paulo, que dão base para o crescimento da modalidade em todo Estado paulista", finalizou.

Na opinião de Nélio Moura, técnico de Maurren Maggi e coordenador voluntário do CEE da capital paulista, o apoio recebido pelo atletismo foi fundamental para as últimas conquistas. "Sempre tivemos local para treinar e o apoio tem aumentado. O Centro de Excelência está cada vez maior e melhor. Temos que dar crédito a todos que contribuíram para a vitória do Caio", disse Nélio, treinador do campeão do salto em distância nos Jogos Olímpicos da Juventude.

O treinador-chefe da equipe de atletismo, José Haroldo Loureiro Gomes "Arataca" lembrou que a Confederação Brasileira de Atletismo deu suporte a todos os atletas, para que pudessem chegar bem em Cingapura. "Fizemos camping no Brasil (em Fortaleza e em Uberlândia), e alguns atletas foram treinar no exterior. A pedido do Nélio Moura e da Tânia, por exemplo, o Caio pode treinar 60 dias na Espanha, com os custos bancados pela CBAt, da mesma forma que o Thiago Braz", disse Arataca.

Rafael Jubelini - assessoria de imprensa da FPA
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