Agosto, 2024 - Luisa Stefani e sua parceira holandesa Demi Schuurs emplacaram, nesta sexta-feira (30), mais uma vitória na chave de dupla feminina do US Open e se garantiram nas oitavas de final do último Grand Slam do ano, disputado no piso duro, em Nova York. A dupla da brasileira e da europeia superou a russa Anna Kalinskaya e a britânica Katie Boulter por 2 sets a 0, em dois tie-breaks, com parciais de 7/6 (10-8) e 7/6 (7-5), após 2h05min de duração, na quadra 11 de Flushing Meadows. As duas estiveram abaixo no 5 a 4 com quebra no primeiro set e 5 a 2 no segundo.
"Foi um jogo complicado, estavamos batalhando. Elas são simplistas, batem forte na bola, mexem bem as jogadas. Então tentamos não deixá-las confortáveis, fazer se mexerem mais. No segundo set começamos abaixo, voltamos, foi meio que uma montanha-russa. Abrimos 6 a 5, tivemos vários match-points, não aproveitamos, um pouco de afobação. Ficou mais enrolado, mas fomos bem no tie-break", disse Luisa, tenista patrocinada pelo Banco BRB, BRB Seguros, Fila, Parmalat Whey Fit e que conta com os apoios da Engie CBT, Green People, Liga Tênis 10, Bolsa Atleta, Head e JFL Living.
"Foi super importante essa vitória. É muito valioso cada jogo aqui, desde a primeira rodada. Hoje foi um jogo bastante diferente, que dá casca grossa para os próximos", completou.
A atleta, que tem duas semifinais no currículo em Nova York, em 2021 e 2023, tentará vaga nas quartas de final diante da dupla americana formada por Sofia Kenin e a ex-número 1 do mundo, Bethanie Mattek, cabeças de chave 9, ainda sem data confirmada.
Fazendo história no tênis - A paulistana Luisa Stefani, 26 anos, conquistou ao lado da parceira Laura Pigossi, a inédita medalha de bronze nas Duplas Femininas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Outra grande conquista foi o título de Duplas Mistas no Australian Open, em 2023, a primeira dupla de brasileiros a vencer um Grand Slam, ao lado de Rafael Matos.
Durante a semifinal do Us Open 2021, Luisa sofreu uma grave lesão no joelho, passou por cirurgia e se afastou do circuito profissional. No retorno, após um ano de recuperação, conquistou vários títulos: WTA 500 de Berlim (Caroline Garcia, 2023), WTA 500 de Abu Dhabi (Shuai Zhang, 2023); WTA 500 de Adelaide, na Austrália (Taylor Towsend, 2023); WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai (Ingrid Martins, 2022); WTA 1000 de Guadalajara, no México (Storm Hunter, 2022); WTA 250 de Chennai, na Índia (Gabriela Dabrowsky, 2022). Iniciou a atual temporada em grande estilo, conquistando o WTA 1000 de Doha, no segundo torneio jogando ao lado da holandesa Demi Schuurs.
Início da carreira - Luisa sempre foi uma amante dos esportes e começou a jogar tênis aos 10 anos, em São Paulo (SP). Em 2011, se mudou para os Estados Unidos para estudar e seguir no tênis, atingindo o 10º lugar no ranking mundial juvenil. A transição do juvenil ao profissional sedeu por meio do forte Circuito Universitário Americano de Tênis, jogando pela Pepperdine University, na Califórnia. Em 2019 sua carreira profissional se destacou nas duplas e começou a colher resultados, conquistando o primeiro título no WTA de Tashkent, entre outros ITF e WTA. Daí para frente, comemorou vitórias e títulos, subindo no ranking mundial, chegando a ocupar a nona colocação – conquistando sua posição entre as dez melhores do ranking WTA.