Abril, 2021 - A paulistana Luisa Stefani, baseada na Saddlebrook Academy, na Flórida (EUA), iniciou na segunda-feira (19) a sua preparação para a disputa do WTA 500 de Stuttgart, na Alemanha. A estreia, junto com a parceira norte-americana Hayley Carter, com quem forma a quinta melhor dupla da temporada, será nesta quarta-feira (21). Luisa, 25ª do mundo, e Carter enfrentam a ucraniana Nadiia Kichenok e a romena Raluca Olaru, no torneio com premiação de US$ 565 mil, sobre o saibro coberto, em jogo às 13h30 (horário de Brasília), o último da quadra 1.
"São duas duplistas, jogam muito bem. Já enfrentamos a Kichenok e treinamos com a Olaru. Conhecemos bem as duas. Nosso primeiro torneio no saibro europeu. Tivemos a segunda e esta terça-feira para treinar", afirma Luisa que viajou direto da Polônia, onde disputou o confronto dos playoffs da Billie Jean King Cup, em que o Brasil saiu derrotado por 3 a 2. Ela fez o jogo decisivo ao lado de Carol Meligeni, caindo por 1/6, 6/2 e 6/4 contra Katarzyna Kawa e Magdalena Frech.
"Foi bem cansativa mentalmente a BJK Cup, semana incrível, mas outro tipo de sentimento. Tira bastante da gente, ao mesmo tempo em que acrescenta também. Uma energia incrível, deu um gás para o ano inteiro, ainda mais do jeito que foi. Semana muito positiva, mas que teve um final dolorido, talvez o mais dolorido de minha carreira. Então esse torneio aqui em Stuttgart vai ser um bom teste para ver como eu reajo depois de uma semana tão boa e sentimento tão único que tivemos", comenta Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.
"De qualquer forma, estou bem animada, estreamos nesta quarta, a quadra é coberta, lenta, mas uma velocidade boa, talvez mais rápida até do que tinha na Polônia. Estamos preparadas, jogando vários torneios esse ano. Cada semana é nova para usar o que venho aprendendo, principalmente da semana passada", completa Luisa.
Carreira - Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami deixou Luisa na 26ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.
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