São Paulo (SP) – Robert Scheidt teve um dia de altos e baixos nesta segunda-feira (19), no Read Steady Tokyo, evento-teste para a Olimpíada de 2020. Foram três regatas em Enoshima, no Japão, com direito a um 21°, um 5° lugar e a desclassificação em função de penalidade na terceira e última prova da programação. Apesar da frustração com a eliminação, o bicampeão olímpico mantém décima posição, com 57 pontos perdidos. Nesta terça-feira (20), ele volta ao mar para as duas penúltimas regatas da competição.
Scheidt foi obrigado a se retirar da terceira regata desta segunda-feira em função da segunda punição pela regra 42, na qual os juízes entendem que o velejador usou o movimento do corpo para aumentar a velocidade do barco, ação conhecida por bombear. “Eu havia levado uma bandeira amarela no domingo e agora mais uma. Estou bem chateado com essa situação porque nos três eventos que participei nesse ano, nunca sofri esse tipo penalidade por esse regra. E sigo velejando do mesmo jeito. Ainda faltam quatro regatas e agora preciso tentar entender em que ponto o júri está interpretando o regulamento e o que preciso mudar para isso não ocorrer mais”, explicou.
Apesar de se manter no top 10, Scheidt sabe que terá dificuldades para garantir um lugar na medal race. “Essa punição impediu que eu subisse na classificação geral. O pior é que eu estava velejando de forma super conservadora, afinal, eu sabia que seria desclassificado caso tomasse a segunda bandeira amarela. Agora é continuar tentando fazer o meu melhor aqui em Enoshima e também aproveitar esses dois últimos dias também como um treino de luxo na raia olímpica”, declarou o o bicampeão olímpico, que é patrocinado por Banco do Brasil e Rolex e conta com o apoio do COB e CBVela.
Robert está classificados para os Jogos de Tóquio e é o único brasileiro entre os 35 barcos que disputam o evento-teste em Enoshima. Porém, ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira para confirmar presença na Olimpíada de 2020. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga se outro atleta do Brasil subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.
Apesar de dois dias duros, a disputa começou bem para Scheidt. Nas primeiras regatas, sábado, ele cruzou a linha de chegada em 8° e 6° lugares. No domingo, ele vinha bem na única prova disputada em função do vento fraco até sofrer a penalidade pela regra 42. Com isso, perdeu posição e cruzou a linha de chegada em 17°. O saldo positivo é que, apesar dessas dificuldades, ele segue velejando de forma consistente e não deixou o top 10 da classificação geral em nenhum momento.
Quarto passo - O Ready Steady Tokyo é a quarta grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser, após cerca de dois anos afastado. E pode ser encarado como o quarto degrau para disputar a sétima Olimpíada da carreira. Ele já fez história ao garantir índice para os Jogos de Tóquio/2020 com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão, dia 9 de julho. Agora, quer mais. Quer evoluir para ter condições de lutar pelo pódio no Japão. Se conseguir, vai acrescentar mais uma medalha a sua coleção de cinco, o que já faz dele o recordista do Brasil em número de medalhas olímpicas, junto com Torben Grael.
Maior atleta olímpico brasileiro
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
181 títulos - 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.
Laser
- Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
- Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
- Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
- Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
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