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FUTEBOL

Você é do tamanho dos seus sonhos?

28.06.2016  |  1.889 visualizações
No início deste mês, o GloboEsporte.com publicou uma reportagem dizendo que apenas 15 jogadores de futebol da série A do Brasileirão têm diploma no Ensino Superior. Isso corresponde a apenas 2% dos atletas que atuam no torneio. Além disso, no início deste ano, a CBF também divulgou dados importantes em um relatório sobre o futebol brasileiro. Esse documento indica que mais de 80% dos atletas profissionais do futebol no Brasil ganham até mil reais por mês. Ou seja: se você está sonhando em atuar em grandes times do Brasil e embolsar milhões, vai precisar de uma boa dose de talento e sorte. A resposta para esse dilema talvez seja justamente a educação. Ou melhor, a junção entre esporte e investimento educacional.

Pense por 5 segundos antes de responder à seguinte questão: quantos amigos você conhece que são talentosos com a bola nos pés e deveriam encontrar chances em boas equipes? Imaginamos que você tenha pensando em, ao menos, dois nomes. Agora, imagine esse número multiplicado por milhares. Em resumo: há mais gente talentosa do que o mercado brasileiro pode absorver. Mas será que o talento dessas pessoas se resume à bola no pé? Daí a importância do estudo, que abre portas que antes sequer eram imaginadas pelo atleta. É o que tem acontecido na HTS Brazil. Muitos garotos que encontram a chance de estudar em uma universidade dos Estados Unidos por meio de uma bolsa esportiva acabam descobrindo que são muito bons também em outras áreas. Mas por que, no Brasil, é tão difícil conciliar essas duas possibilidades? Nós listamos alguns motivos que te farão pensar a respeito. Vamos lá:

1 - Desvalorização das bolsas esportivas
No Brasil, há instituições que oferecem percentuais de bolsas estudantis para alunos-atletas. Esse valor, porém, não chega nem perto das 150 mil bolsas oferecidas pelas universidades norte-americanas - só no futebol são quase 23 mil, com 75 mil atletas participando de competições. Além disso, foi somente em 2005 que a Confederação Brasileira do Desporto Universitário passou a exigir que os alunos dos times que representavam as universidades fossem, de fato, estudantes universitários. Antes disso, os jogadores não eram, necessariamente, alunos. De modo geral, esse tipo de bolsa não é uma regra para boa parte das universidades brasileiras.

2 - Desvalorização dos campeonatos universitários
Pense um pouco: quando foi a última vez que você assistiu, na TV, a alguma partida de futebol universitário? Melhor ainda: cite o nome de algum jogador de voleibol que participe de campeonatos universitários e que seja conhecido do grande público. Pois é. Sua falta de resposta para ambas as questões se deve ao fato de o esporte universitário brasileiro ser pouco valorizado. O grande público talvez nem imagine que essas atividades existam. Nos Estados Unidos, ao contrário, esse é um mercado que movimenta milhões, tanto em publicidade quanto em mídia. Os jogos recebem atenção tanto do público - que conhecem e apoiam os jogadores de suas equipes preferidas - quanto dos canais de informação.

3 - Dificuldade em conciliar o esporte com os estudos
A rotina de um atleta é exaustiva. São horas de treino e de dedicação para se atingir resultados positivos. Se a universidade não oferecer um programa personalizado para esse tipo de aluno, fica mesmo difícil conciliar tudo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o estudo é tão importante quanto a dedicação esportiva. Por isso, há toda uma estrutura flexível que permite o envolvimento do candidato com as duas esferas. Os alunos precisam, inclusive, atingir determinado patamar de notas para continuarem fazendo parte do time. Por lá, inclusive, os times profissionais são formados a partir das bases criadas nas universidades. O astro do basquete, Michael Jordan, por exemplo, antes de se tornar a lenda do Chicago Bulls, foi campeão pela Universidade de North Carolina, em 1982. Clint Dempsey, um dos destaques da seleção dos EUA na Copa América, defendeu a Furman University antes de ser draftado pela MLS - depois, passou pelo futebol inglês e hoje é o líder do Seattle Sounders. Mas quantos jogadores expoentes do futebol brasileiro foram descobertos nas quadras universitárias?

4 - Sonhando com milhões
Muitos atletas brasileiros desistem de cursar uma universidade porque acreditam que apenas seu talento lhes garantirá um futuro de tranquilidade. Como vimos lá no primeiro parágrafo, porém, mais de 80% dos jogadores ganham até mil reais por mês. A chance de estar incluído neste grupo, por maior que seja o seu talento, é grande. Logo, a solução é preparar-se para o futuro por meio da educação. O problema é que, no Brasil, há poucas chances de conciliar as duas coisas, sobretudo no meio futebolístico. Então, das duas, uma: ou você abandonará os estudos de vez em busca do sonho de ser um jogador famoso (que pode não se concretizar), ou vai em busca dos estudos e dá adeus ao sonho dourado com a bola no pé. Lá nos Estados Unidos, porém, é possível fazer com que essas duas oportunidades andem juntas. É possível jogar em alto nível enquanto se investe em educação. Aliás, pode até ser que seu curso universitário tenha muitas coisas a ver com a área esportiva. Seu futuro pode estar atrelado ao esporte de diversas maneiras. Ou seja: participar de festas milionárias e do universo das celebridades, esbanjando milhões, pode ser um sonho pequeno demais para quem quer mesmo conquistar o mundo com seu talento, seja em que área for.

E você? Onde pensa em estar daqui a alguns anos? Dê uma chance ao seu futuro. Faça parte do time HTS Brazil!

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